quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O Sistema Linfático



A drenagem linfática é uma das muitas funções fisiológicas do organismo e é da responsabilidade do sistema linfático. Este tem uma estrutura muito semelhante ao sistema sanguíneo. Constituído por capilares, coletores e troncos linfáticos. Fazem ainda parte do sistema linfático os gânglios ou nodos linfáticos.
O plasma carregado de elementos nutritivos, oxigénio, sais minerais e vitaminas deixa o lúmen do capilar arterial para o meio intersticial que banha as células. Estas por sua vez retiram os elementos necessários ao seu metabolismo e eliminam produtos de degradação celular.
Através de um jogo de pressões o líquido intersticial é drenado por duas vias: a circulação venosa e a circulação linfática. A circulação linfática drena as macromoléculas que não foram transportadas pelo sistema venoso. Uma vez no interior do capilar linfático o líquido intersticial passa a denominar-se linfa, esta é constituída principalmente por água, eletrólitos e proteínas.
A entrada de líquido nos capilares linfáticos é efetuada por conexões existentes, que estão organizadas de modo a impedir refluxo. A abertura das conexões é influenciada por movimento dos tecidos adjacentes. Uma vez nos capilares a linfa é conduzida para os pré-coletores, que são vasos valvulados. Entre duas válvulas encontra-se uma estrutura denominada por linfangion que contém a porção contrátil do vaso, propiciando a mobilização da linfa para vasos de maiores dimensões, os coletores linfáticos. Os coletores linfáticos desembocam em gânglios linfáticos.
Os gânglios linfáticos são cápsulas fibrosas que atuam como filtros do sistema linfático. Desempenham uma importante função imunitária, sendo responsáveis pelo fabrico e armazenamento de células imunitárias. Uma vez realizada a filtração e fragmentação do seus elementos constituintes, a linfa sai do gânglio e é direcionada para o sistema circulatório.


O correto funcionamento do sistema linfático está dependente de diversos fatores, podendo ser comprometido com consequente instalação de edema – acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial caracterizando-se macroscopicamente por aumento do volume na região acometida.

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