quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O QUE EXISTE POR TRÁS DA DOR CERVICAL




A queixa de dor cervical tem ficado atrás apenas da dor lombar e cefaleias. E por este motivo vem tornando-se um tema muito discutido dentro dos estúdios de Pilates.

O mecanismo de dor na coluna cervical pode ser classificado de inúmeras maneiras, mas podemos de uma forma bem simples classificar como traumática (queda, golpes na cabeça ou lesão em chicote) ou funcionais (lesões por esforço repetitivo, desequilíbrio muscular, hérnia discal, postura inadequada). Claramente notamos que as cervicalgias originadas pela postura inadequada são as mais relatadas, elas estão associadas à atividades que exigem esforços estáticos de baixa carga na coluna cervical e nas escápulas.

Essa dor é comum principalmente em indivíduos que trabalham com computadores ou trabalhos manuais (motricidade fina). O Método Pilates pode contribuir na melhora das dores cervicais, principalmente, por restabelecer um equilíbrio muscular, através da melhora da postura, do controle motor e consequentemente aperfeiçoando a consciência corporal.

Porém, é necessário antes de propor qualquer tratamento, uma rigorosa avaliação para compreendermos a origem da dor. Pois são inúmeros os desequilíbrios que podem gerar dor, o importante é que o fisioterapeuta tenha o entendimento de que se a cervical está doendo, provavelmente outras estruturas como ATM, escápulas, ombros, costelas, e até mesmo o sistema nervoso central ou periférico podem também estar comprometidos. Por isso, torna-se importante identificar se existe uma alteração postural no indivíduo, ou até mesmo, um movimento executado erroneamente, que possa contribuir para a dor.

Desta forma, o sucesso para a reabilitação de dor cervical depende tanto do fisioterapeuta fazendo uma excelente avaliação e propondo os exercícios adequados, como do próprio paciente, deixando os hábitos posturais inadequados para trás! A seguir descrevo como geralmente é a postura de um indivíduo que tem cervicalgias e quais as consequências disso: 1) comumente apresenta a cabeça projetada para frente (anteriorizada), 2) ombros arredondados para frente e 3) escápulas protraídas.

Quanto mais para frente a cabeça estiver (anteriorizada), mais a gravidade exercerá sobrecarga na cervical, favorecendo ao “alongamento” dos posteriores da cervical e um “aumento de tensão” na musculatura anterior da cervical. Esta postura acarreta em um desequilíbrio muscular, onde ambas musculaturas estão fracas. Assim os músculos que deveriam estabilizar, e não estão, acabam sobrecarregando outras estruturas, levando ao aparecimento da dor cervical postural.

Pensando nisso, algumas dicas que devem ser usadas durante uma sessão de Pilates: A cabeça deve seguir o alinhamento de toda coluna, isto pode parecer muito óbvio, mas veja se isso já aconteceu com você durante as aulas: seu paciente está fazendo uma linda Mermaid (flexão lateral da coluna), toda a coluna esta fazendo a flexão lateral, mas ao chegar na cabeça ela não acompanha o movimento. Isso faz com que determinadas estruturas recebam mais sobrecarga do que outras.

Outra dica é lembrar que o olhar guia o movimento. Até mesmo em exercícios onde a coluna fica estabilizada! Por exemplo, quando estiver deitado no chão fazendo leg circles, ou no Reformer fazendo footwork, seu olhar deve ser para o teto e não em direção aos seus pés! Notamos que as vezes a cabeça não participa do movimento, pois não existe esta consciência, ou as vezes até por uma tentativa de proteger a cervical.

O importante é que o movimento seja feito da forma mais correta, para que não gere dor ou desconforto.





segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Atendimentos Final de Ano 2016


Prezados Alunos, Clientes e Pacientes!!




Informamos que estaremos  atendendo normalmente nesse fim de ano, exceto nessa sexta-feira dia 23/12/2016, retornando as nossas atividades normalmente dia 27/12/16.
Estaremos em recesso a partir do dia 30/12/16, retornando normalmente dia 04/01/17.










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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Método GDS - Cadeias Musculares




O método das Cadeias Musculares e as técnicas GDS foram concebidos e elaborados nos anos 1960-1970 por Godelieve Denys-Struyf. 

Fazendo uso da experiência de quinze anos como retratista, da análise morfológica e psicológica das formas, da antropometria, a autora teve a idéia de aplicar esse modo de observação à fisioterapia, no contexto das deformações e algias do sistema locomotor. Seu objetivo foi realizar uma abordagem mais individualizada da mecânica humana. 

Depois, esse método de trabalho também revelou-se útil em vários outros domínios. 

Partindo da noção de que “o corpo é linguagem”, a autora estabeleceu as bases de uma compreensão psicocorporal que tanto se aplica à criança quanto ao adulto, no contexto de uma ginástica e de uma utilização corporal mais consciente e mas adaptada às características individuais. 

As particularidades que definem as deferentes bases psicocorporais são aproveitadas, por exemplo, para o acompanhamento dos pais durante a gravidez e o parto. 

Essas noções se destinam não somente aos pais, mas a todas as pessoas que cuidam de crianças, para compreende-las e acompanhá-las durante o seu crescimento. 

Godelieve D. Struye não é a única terapeuta a insistir na abordagem global. Mas, seguramente, o seu “global” é surpreendente mais rico e nuançado que outros. Aí estão presentes o hereditário, o genético, o racial, o cultural, o familiar, o profissional, o social. E, no centro desse quadro, o projeto pessoal da forma e do comportamento a serem desenvolvidos ao longo da vida. 

O método GDS busca sempre as associações de cada patologia do aparelho locomotor com determinadas tipologia motora e comportamental. Para ele, não há técnicas terapêuticas “boas” ou “más”. O essencial é a prescrição exata de uma ou outra técnica, desde que adaptada individualmente ao doente, em função do “estado” que este apresenta. 

O corpo oferece meios de comunicação e caminhos terapêuticos excepcionais, em especial quando a palavra está ausente, é inadequada, desadaptada ou viciada. Importante é estar em condições de ver, compreender e responder às mensagens gestuais e posturais. Elas são palavras que se ouvidas e compreendidas, contribuem para aliviar o desconforto humano. 

Fonte: Globo.com




terça-feira, 13 de dezembro de 2016

RPG Reeducação Postural Global




Trata das desarmonias do corpo humano levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente, já que cada organismo reage de maneira diferente às agressões sofridas. É uma técnica revolucionária que considera os sistemas muscular, sensitivo e esquelético como um todo e procura tratar, de forma individualizada, os músculos que se diferenciam na estrutura.

A Reeducação Postural Global – RPG é um método de fisioterapia que faz a correção da postura através de alongamentos globais que envolvem todas as cadeias musculares do corpo, e se utiliza também de exercícios ativos ministrados e aprendidos pelo paciente e ainda reforço na conscientização de percepção do alongamento e retração das cadeias musculares de forma global, constando de um método de educação e orientação das posturas.

Reeducação Postural Global é um tratamento individualizado realizado pelo fisioterapeuta após detalhada análise postural que já é realizada dentro da primeira sessão de tratamento. Como o próprio nome sugere, alinha o corpo de maneira global, amenizando tensões e aliviando dores de coluna, joelhos etc..
É um tratamento completo e tem efeitos duradouros.

Indicada para:


  • Dores no corpo em geral
  • Escolioses
  • Hipercifose
  • Hiperlordose
  • Fibromialgia
  • Hérnia de disco cervical
  • Hérnia de disco lombar
  • Distúrbios na coluna vertebral
  • Alterações nos joelhos
  • Dores nos Joelhos
  • Dores nos pés
  • Melhora do rendimento no esporte
  • Má postura
  • Problemas ortopédicos
  • Inflamações osteoarticulares
  • Estresse
  • Cefaléia
  • Labirintites
  • Pós operatórios
  • Ansiedade,dentre outros.

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Terapia Miofascial




A Terapia Miofascial consiste no tratamento passivo, através de terapia manual que tem como objetivo de inibir os prejuízos funcionais, os espasmos musculares reflexos e conseqüentemente tirando a dor. 

A palavra fáscia no singular não representa uma entidade fisiológica, mas um conjunto membranoso, muito extenso, no qual tudo está ligado, em continuidade, uma unidade funcional. Este conjunto de tecidos que constitui uma peça única trouxe a noção de globalidade, sobre a qual se apóiam todas as técnicas modernas de terapia manual. Seu principal corolário, base de todas essas técnicas é que o menor tencionamento, seja ativo ou passivo, repercute sobre o conjunto. Todas as peças anatômicas podem dessa forma, ser consideradas mecanicamente solidárias entre si, em todos os pontos da fisiologia. 

As fáscias musculares normalmente são acometidas devido à formação de pontos gatilhos. Que são estruturas de maior tensão ao longo do ventre muscular, ocorrem por estresse constante na musculatura. 

Os pontos gatilhos são nódulos dolorosos no tecido muscular degenerado, a dor referida pode ser evocada por estímulos mecânicos. Pode manter-se assintomáticos até que a movimentação ou a pressão provoque dor intensa ou espasmo muscular. Desenvolve-se geralmente após espasmo ou tensão muscular prolongada ou como seqüela de traumatismos agudos ou por micro traumatismos crônicos tais como os gerados por contração muscular e movimentos inadequados. Parecem constituir entidade clínica específica. 

Histologicamente, consistem da degeneração ou destruição de fibras musculares. 

A ocorrência de ciclos viciosos é a justificativa para o seu desenvolvimento. A redução de mitocôndrias muscular é tradução desse estresse metabólico que pode estar relacionado com a hiper atividade muscular nos PG. 

A Terapia Miofascial é um método de cinesioterapia passiva, que através da terapia manual, tem o objetivo da inibir os prejuízos funcionais. 

A presença de pontos-gatilho ativos caracteriza a síndrome dolorosa miofascial, que é uma afecção álgica do aparelho locomotor que acomete músculos, tendões, fascias e ligamentos. Caracteriza-se pela ocorrência de dor e pelo aumento de tensão dos músculos afetados. Fadiga e isquemia muscular localizada, devido à contração estática, constante repetição de movimento, posturas inadequadas, estresses emocionais, parecem estar envolvidas com sua gênese. A síndrome dolorosa miofascial também pode estar associada ou ser secundária a outras afecções músculo-esqueléticas, metabólicas como a diabete melitus e hipotireoidismo, inflamatórias e/ou infecciosas. 

Os músculos cervicais, escapulares e do membro superior, como os extensores e flexores de punho e dedos, além dos intrínsecos e lumbricais da mão, freqüentemente são afetados. A síndrome dolorosa miofascial está presente em grande parte dos casos de LER/DORT, dores na coluna vertebral, cintura escapular e pélvica, além dos membros, pois quando há tendinite e/ou neuropatia periférica e/ou artropatias, há contração muscular reflexa, ocasionando o ciclo vicioso dor-espasmo-dor, além da fraqueza e fadiga da musculatura regional e a distância. 

Freqüentemente, as lesões ligamentares e a inflamação induzem à formação de pontos-gatilho e de dolorimento nos músculos adjacentes, que se tornam à causa imediata da dor. O tratamento direcionado para a dor muscular não visa a etiologia da dor e, portanto, permite a recorrência dos pontos-gatilho e pontos de dor. O tratamento da doença de base como a bursite, e o da irritação (sensibilização) espinal segmentar (raiz nervosa), freqüentemente associada é necessário em associação ao tratamento do ponto-gatilho. 

Por esta terapia inibir os estímulos de dor, teremos um paciente preparado para receber outras terapias e manobras como: RPG, Cinesioterapia pouco mais agressiva entre outros. 

A terapia miofascial é aplicada, na grande maioria, em pacientes com dor crônica. Isso ocorre devido ao fato do paciente só dirigir-se ao consultório para tratar a dor, após tentativas medicamentosas e até exercícios terapêuticos que não teve o resultado esperado pois há uma grande estimulação. 

O tempo de tratamento varia muito de acordo com o tipo de dor do paciente (aguda ou crônica), e de quais mecanismos de compensação foram desencadeados devido um processo inicial de dor. Pôr exemplo: uma pessoa com lombalgia, que sente muita dor nessa área, vai compensar em outro local, que pôr sua vez também vai ter estimulação do ponto gatilho desta área causando dor. A terapia vai agir exatamente nestes pontos de dor, inibindo-os. 

Agora, se pôr sua vez, um paciente indicar terapia com dor aguda os resultados são obtidos apenas em uma ou duas seções. Isso é explicável, pois uma pessoa com dor aguda não desencadeou mecanismos de compensação, facilitando o tratamento. Num tratamento crônico o período de terapia já varia de meses há anos, mas sempre ótimos resultados são alcançados. 

Podemos concluir a Terapia Miofascial, como um método que realiza técnicas já conhecidas, tendo a diferença de ser realizada simultaneamente e não deixando de respeitar os limites de expansibilidade dos tecidos.

Fonte: Globo.com


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Terapia Manual X Dor




Hoje praticamente podemos afirmar que não existe um ser humano que nunca tenha tido uma experiência dolorosa, pois a dor pode aparecer por inúmeras causas e a Ciência hoje tenta detectar as possíveis causas para que possamos tratar as possíveis seqüelas desta. 

Em virtude do que foi exposto acima podemos dividir a dor em dois tipos básicos: 

a) Dor em pontada à tipo de dor aguda, de fácil localização; 
b) Dor em queimação à tipo de crônica, caracterizada por sua continuidade e por sua longa duração; 

Para estes dois tipos de dores, possuímos hoje uma infinidade de terapias para seu tratamento, como o medicamentoso, a acupuntura; termo foto eletroterapia, e a terapia manual, que será nossa proposta com este artigo. 

Dentre todos os métodos terapêuticos abordados acima, começa a ganhar corpo e ser nacionalmente reconhecida a eficiência das abordagens manuais, ou seja, as terapias manuais. Gostaria de salientar que não estamos falando de efeitos placebo, pois técnicas como Osteopatia, Miofasciaterapia, Quiropatia (praxia), Mulligan, Maitland entre outras são técnicas reconhecidas internacionalmente por sua eficácia e comprovadas por testes científicos em diversos paises da Europa, América do Norte, Ásia, etc. 

Estas técnicas chegaram ao Brasil ao longo das duas ultimas décadas do século XX, e foram conseguindo seguidores e profissionais sérios que as difundiram dentro do meio acadêmico e cientifico nacional e agora as mesmas começam a chegar a população em geral. 

Dentro destas podemos tratar ou amenizar os efeitos dolorosos de um numero absolutamente grande de algias causadas no ser humano. Não gostaria de com isso colocar que essas pessoas devam abandonar seus tratamentos atuais (medicamentos, médicos, etc) e sim que deveriam avaliar a possibilidade de possivelmente serem beneficiadas e terem seus problemas minorados com o uso destas técnicas, pois estas quando bem aplicadas poderão minimizar o quadro e potencializar efeitos de melhora em seu tratamento. 

Dentro deste contexto podemos colocar, por exemplo, que existem manobras para as cefaléias tensionais (enxaquecas e dor de cabeça) que irão reposicionar muscular e articularmente as regiões envolvidas e inclusive pode levar a um desaparecimento gradual do quadro, manobras para cólicas menstruais, onde podemos com isso diminuir o fluxo de sangue local, aliviando quase que de forma imediata os tão indesejados efeitos sistêmicos provocados por essa fisiologia hormonal, etc. 

Tais manobras como afirmamos anteriormente quando realizadas por um profissional sério podem beneficiar e muito estas pessoas atenuando sintomas e em alguns casos fazendo com que estes nunca mais apareçam. 

Um sábio professor meu disse-nos uma vez durante uma aula que medicamento, agulha, consulta com psicólogos, psiquiatras, etc. nenhum consegue reposicionar, manipular ou mobilizar uma vértebra ou uma articulação, ou um grupo muscular e que para varias patologias estes efeitos biomecânicos são o pano de fundo para um tratamento de reabilitação bem sucedido. 

Fonte: Globo.com



sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Enxaqueca? A Fisioterapia pode ajudar você a livrar-se dela



Milhares de pessoas em todo o mundo sofrem de um terrível mal, conhecido popularmente como enxaqueca. Essas mesmas pessoas perdem dias de serviço, dinheiro e inclusive algumas vezes esta pode inclusive atrapalhar seus laços afetivos e amorosos, comprometendo e muito sua vida. Algumas procuram fórmulas mágicas para resolver este problema como chá disto, suco daquilo, etc., outras procuram ajuda medicamentosa e iniciam uma quase “dependência” química destes e começam a aumentar cara vez mais a quantidade e a dosagem de seus remédios que começam a fazer efeito cada vez menor ou por um período de tempo cada vez mais curto e entram em um círculo vicioso que às vezes as levam ao desespero emocional, social, profissional e afetivo. Elas perguntam o que é que eu posso fazer, e às vezes elas ouvem que devem conviver com esta e fim de conversa, mas o que n os gostaríamos de mostrar com este é que a fisioterapia pode fazer com que você consiga livrar-se dela. 

Não pretendemos com isso fazer com que você abandone seu tratamento medicamentoso, mas sim que você consiga com uma nova técnica aliviar sensivelmente os sintomas desta e com isto conseguir uma melhor qualidade de vida. Com a chegada ao Brasil na década de 90 da técnica de miofasciaterapia pelo Dr Heráclito Fernando Gurgel, na qual o terapeuta aplica uma determinada tensão com suas mãos em alguns músculos chaves, promovendo uma diminuição da tensão nestas fascias musculares (camadas que revestem os grupos musculares) através da desativação dos pontos de tensão, os chamados “Triggers Points”. Com a desativação os músculos promovem uma diminuição de seu tônus (tensão) de base, reposicionando as estruturas onde estes tem sua origem ou inserção. 


Este novo posicionamento gera uma sensação de relaxamento e melhora dos sinais imediatamente a sua desativação. Como grande parte das crises de enxaqueca, ou seja, cerca de 80% delas, iniciam-se ou agravam-se por um aumento da tensão muscular em certas regiões, pois todos já ouviram alguém falar que teve um dia horrível no trabalho e entrou em crise, ou brigou com um familiar e teve uma crise, e assim por diante. Para todos estes casos este tipo de terapia é praticamente fulminante o resultado e a melhora ocorrem poucos minutos após o inicio da sessão de terapia. Quando as crises não são desencadeadas por “tensões musculares” estas crises geram um aumento fisiológico desta tensão e este aumento leva a um agravamento da crise e novamente entramos em um círculo vicioso, pois a crise piora a tensão muscular e a piora (aumento) da tensão muscular gera uma piora da crise e assim sucessivamente. Os principais músculos geradores ou agravantes das crises de enxaqueca são os músculos trapézio (fibras superiores) esternocleitomastoideo, esplênio da cabeça e esplênio do pescoço. 

Em quase todas as crises estes músculos estão com seus pontos de tensão hiperativados, ou seja, com os Trigger Points ativos e com a liberação mio-fascial podemos provocar a inativação destes, produzindo um grau de relaxamento da banda tensional, acabando com as crises ou aliviando as mesmas, como uma paciente minha disse certa vez , parece mágica, você tirou a enxaqueca com a mão. Outro fator interessante é que os músculos têm uma grande capacidade de adaptação por isso as pessoas “vivem” apresentando queixas de crises de enxaqueca, mas nós podemos usar esta capacidade de adaptação muscular a favor destes realizando um tratamento preventivo que irá diminuir a sensibilidade deste tecido muscular de responder a geração de tensão, abaixando o limiar de aparecimento de bandas de tensão, também chamados de gatilhos, aliviando os sintomas em alguns casos e em outros levando a um espaçamento maior entre elas e futuramente a um desaparecimento contínuo das crises. 

Fonte: Globo.com




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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A fisioterapia e a cefaléia tensional


Normalmente as pessoas que sofrem com as cefaléias tensionais, as chamadas “dores de cabeça” nunca procuram tratamento médico e o mais normal acaba sendo a automedicação, ou seja, as pessoas tomam chá disso, chá daquilo, remédios, para as mais diferentes dores e acaba acontecendo o seguinte: as dores passam momentaneamente porém voltam depois de algumas horas, dias ou semanas, isto ocorre porque elas acabam “inibindo a atuação (atividade) do sistema nervoso central”mas esta inibição ocorre por curtos períodos e ao término destes as dores voltam e as vezes até com maior intensidade do que antes. 

O grande problema é que as pessoas tratam apenas um dos sintomas e quase nunca tratam a causa, é por isso que estas pessoas sofrem de dores recorrentes, por meses e até anos ou vidas inteiras, mas para estas pessoas podemos colocar que a maioria (cerca de 90%) das “dores de cabeça” são de origem tensionais, e que para estas já existem tratamento fisioterapêuticos extremamente eficientes como a técnica de miofasciaterapia e as pompages. 

Com o uso destas técnicas entre outras podemos diminuir as tensões músculo articulares e alterar a biomecânica da região crânio encefálica e com isso podemos resolver definitivamente estes problemas que ocorrem com cerca de 1/3 da população brasileira. 

Todos nós já ouvimos algumas vezes que depois que meu marido começou a treinar na academia estas dores de cabeça diminuíram, e também já ouvimos que as dores começaram logo após a mudança de meu emprego ou do inicio das aulas na academia, isto deve-se a problemas posturais e tensionais das novas atividades que podem ativar (aumentar) a tensão em alguns grupos musculares e gerar as crises de cefaléia. 

Os principais grupos musculares atingidos e responsáveis pelas cefaléias são: esternocleitomastoideo, trapézio, esplênio do pescoço, esplênio da cabeça e também a coluna cervical superior caracterizada pelas vértebras C1 e C2. Um bom fisioterapeuta pode reposicionar estas vértebras, “desativar” os pontos gatilhos destes grupos musculares e posteriormente alongar e fortalecer estes grupos, com isso resolvendo em definitivo as suas crises de cefaléias. 

Hoje podemos encontrar fisioterapeutas trabalhando com estas técnicas em quase todos os grandes centros de reabilitação do país, porém em poucos lugares estes tem a experiência adequada com este tipo de trabalho, e se você necessitar de tratamento ou de alguma explicação entre em contato conosco através dos dados abaixo. 




A foto anexa mostra o tratamento de uma cefaléia tensional em um paciente do sexo masculino que sofria há anos de dores de cabeça horríveis como ele mesmo relatava, e estou desativando os pontos de esplênio de pescoço (dedo de baixo) e esplênio de cabeça (dedo de cima), este paciente fez tratamento conosco por 30 dias (12 sessões) e passa por uma sessão de manutenção mensal e está há 28 meses sem ter uma crise de cefaléia forte. 

Fonte: globo.com





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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Cadeias Musculares





Quando falamos em cadeias musculares estamos falando de um método terapêutico de correção postural que considera o sistema muscular de forma integrada, organizando os músculos em cadeias musculares. 

Se acontecer um encurtamento ou tensão em algum músculo isso pode acarretar um desequilíbrio na postura do indivíduo. Nenhum músculo se move sozinho. Sempre que um deles se contrai gera movimento e acomodação em outros músculos formando um conjunto. 

Para podermos avaliar o paciente, precisamos entender o aparelho locomotor com as suas variações, tanto nos movimentos quanto nas suas posições e visando uma melhor compreensão dos desequilíbrios e alterações nos padrões posturais. 

Essas alterações na postura se dá através do encurtamento dos músculos antigravitacionais, onde sua função é distinta, há necessidade de distinguir o seu alongamento, desses músculos que compõem o Sistema Músculo-esquelético, responsável pela manutenção de postura, sendo necessário um alongamento da cadeia acometida como um todo. 

É tão comum observar encurtamento de determinados grupos musculares em indivíduos que realizam programas de treinamento físicos baseados exclusivamente na realização de exercícios concêntrico contra-resistido. 

Professores de Educação Física tem uma grande dificuldade em conscientizar os indivíduos que freqüentam academias de ginástica, com o objetivo de hipertrofiar determinados grupos musculares, de que é necessário realizar simultaneamente um programa adequado de alongamento muscular, para os alunos o alongamento seria uma perda de tempo e poderia também prejudicar a obtenção da hipertrofia tão desejada ou competir com ela, o que mostram os resultados é exatamente o oposto, embora estimule a síntese protéica na fibra muscular e leve à hipertrofia, o treinamento contra-resistido não impede o encurtamento do músculo, pois é executado predominantemente em posição encurtada. Os exercícios de alongamento, de preferência os isométricos excêntricos, além de ativar também a síntese protéica, estimulam a adição de sarcômeros em série impedindo o encurtamento do músculo. 

As fibras musculares esqueléticas apresentam plasticidade , ou seja, capacidade de adaptação a determinados estímulos, alterações da condições hormonais, etc. 

Trabalhos experimentais realizados nas décadas de 60 e 70 identificaram que o músculo aumentava seu comprimento por meio de adição de sarcômeros ao longo das fibras musculares. Neste período, já era considerada a hipótese de adaptação das fibras musculares esqueléticas a diferentes graus de extensão com provável remoção ou adição no número de sarcômeros em série; conforme a demanda funcional e o grau de extensão a que o músculo é submetido. 

Estudos posteriores mostraram que a imobilização dos músculos em posição alongada acarreta aumento no comprimento muscular pela adição no número de sarcômeros em série. 

Estudos mais recentes realizados em músculos de coelho, identificaram, 6 dias após imobilização em posição alongada, hipertrofia, aumento no conteúdo total de Insulin Grow Factor I, aumento no percentual de fibras que expressam miosina do tipo I e miosina neonatal. 

Todos os estudos que tiveram por objetivo compreender o mecanismo de desenvolvimento e adaptação do músculo esquelético permitiram algumas importantes conclusões. 

a) O músculo adapta-se a alterações em seu comprimento por meio da regulação do número de sarcômeros em série; 

b) A posição (encurtada ou alongada) em que o músculo é mantido é fator determinante na regulação do número de sarcômero em série (diminuindo ou aumentando, respectivamente) 

c) Embora a adaptação das fibras musculares ocorra tanto em posição de encurtamento como do alongamento, a resposta em relação ao número de sarcômeros é mais intensa na posição encurtada (redução de 40% do número de sarcômeros em série) do que a posição alongada (aumento de 20% no número de sarcômeros em série). 

d) O grau de atrofia muscular observado durante a imobilização é maior no grupo encurtado. 

e) A posição de alongamento, além de impedir o encurtamento e a atrofia muscular, ativa a síntese protéica e a adição de sarcômeros em série.

Fonte: Bemstar





terça-feira, 6 de dezembro de 2016

PILATES NA REABILITAÇÃO: uma revisão sistemática




Resumo

INTRODUÇÃO: O método Pilates, desenvolvido inicialmente para ganho de força muscular, ganhou
popularidade e novos objetivos, incluindo ganho de flexibilidade e definição corporal. À medida que
novos benefícios eram observados e estudados, o método foi sendo aplicado no tratamento de diferentes disfunções.

OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo geral analisar os aspectos relacionados ao uso do método Pilates na reabilitação. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão sistemática na base de
dados da MEDLINE e LILACS, utilizando como termo de procura a palavra Pilates. 

RESULTADOS: Os artigos mostraram que o método pode ser utilizado na reabilitação em diferentes populações, incluindo gestantes e idosos; e também com diferentes finalidades, entre elas tratamento da lombalgia, correção postural, ganho de massa óssea, e de força no período pós-operatório; sendo mais indicado no tratamento da lombalgia independente da idade. O método pode ser adaptado aos cuidados necessários em cada população e disfunção, apresentando poucas contraindicações e permitindo a progressão de acordo com o indivíduo acompanhado. Quanto à forma de aplicação, todos os princípios do método devem ser seguidos quando este for utilizado na reabilitação, sendo que a maioria dos estudos recomenda que as sessões durem uma hora, três vezes na semana.

CONCLUSÃO: Embora seja necessário a realização de mais pesquisas na área e com maior amostra, o Pilates é uma ferramenta útil na reabilitação.

Palavras-chave: Fisioterapia. Reabilitação. Terapia por Exercício. Pilates.

Fisioter. Mov., Curitiba, v. 22, n. 3, p. 449-455, jul./set. 2009

INTRODUÇÃO

O método Pilates foi idealizado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1880-1967) durante a Primeira Guerra Mundial. Joseph apresentava grande fraqueza muscular por causa de diversas enfermidades, isto o incentivou a estudar e buscar força muscular em exercícios diferentes dos conhecidos em sua época. Quando Joseph se mudou para os Estados Unidos, os exercícios passaram a ser usados por bailarinos, mas a técnica era de uso exclusivo de seu criador. Foi somente nos anos 80 que houve reconhecimento internacional da técnica de Pilates, que na década de 90 ganhou popularidade no campo da reabilitação (1-4).

Baseando-se em princípios da cultura oriental - como ioga, artes marciais e meditação - o Pilates configura-se pela tentativa do controle dos músculos envolvidos nos movimentos da forma mais consciente possível. Nove são os princípios básicos pelos quais o Pilates é executado, são eles: concentração, controle, centragem, respiração diafragmática, leveza, precisão, força e relaxamento; sendo que os exercícios são adaptados às condições do paciente, e o aumento da dificuldade respeita as características e habilidades individuais (2, 5, 6).

Os exercícios que compõem o método envolvem contrações isotônicas (concêntricas excêntricas) e, principalmente, isométricas, com ênfase no que Joseph denominou power house (ou centro de força). Este centro de força é composto pelos músculos abdominais, glúteos e paravertebrais lombares, que são responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo. Então, durante os exercícios a expiração é associada à contração do diafragma, do transverso abdominal, do multífido e dos músculos do assoalho pélvico (6-8).

O método é recomendado para ganho de flexibilidade, de definição corporal, e para aumento da saúde. Recentemente ganhou espaço e popularidade no tratamento de atletas de elite na reabilitação; sendo também empregado no tratamento de desordens neurológicas, dor crônica, problemas ortopédicos e lombalgia (9, 10).

Sendo uma das técnicas utilizadas pelo fisioterapeuta no tratamento de diversas disfunções, torna-se imprescindível que se conheçam suas aplicações, contra-indicações, forma de utilização, além de outras características; oferecendo ao paciente a técnica de forma adequada à alteração apresentada. Este estudo tem como objetivo geral analisar os aspectos relacionados ao uso do método Pilates na reabilitação, caracterizando as indicações e benefícios do método; verificando as contraindicações e riscos do uso do mesmo; e descrevendo as formas de aplicação do método em cada estudo.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo é uma revisão sistemática, que segundo Cook et al. (11) é um tipo de investigação científica que tem por objetivo reunir, avaliar e conduzir uma síntese dos resultados de múltiplos estudos primários sobre o tema proposto neste estudo. Foi realizada uma pesquisa eletrônica utilizando a base de dados da MEDLINE e LILACS, utilizando como termo de procura a palavra Pilates. 


Pilates na reabilitação

Os critérios de inclusão foram artigos originais com populações adultas (> 18 anos), publicados entre janeiro de 2002 e outubro de 2007, publicados em língua inglesa, e classificados como journal article. Os critérios de exclusão foram artigos publicados antes do ano 2002 ou classificados como reportagem.

RESULTADOS

Joseph Pilates era reconhecido pelo receio da disseminação de seus exercícios, foi somente após sua morte que notas sobre a técnica foram publicadas. A partir daí, a técnica foi objeto de muitos estudos, que confirmaram seus benefícios e encontraram novas aplicações (8, 9, 12). Segundo Balogh (13), o método tem efeitos positivos quando utilizado em gestantes. Estas buscam o método devido a leveza dos movimentos, e através dele obtêm relaxamento e aumento na abertura da caixa torácica, devido à respiração. Além disso, por trabalhar a musculatura abdominal e do assoalho pélvico, há prevenção da diástese abdominal e da incontinência urinária.

Quando aplicado na população idosa, o Pilates melhora a força e a mobilidade, que geralmente estão alteradas devido a presença de doenças degenerativas, como a artrite. O Pilates também auxilia na manutenção da pressão arterial, além de influenciar na calcificação óssea. Estes benefícios foram encontrados por Kopitzke (14), que através da aplicação do método, aliada ao uso de medicação apropriada, conseguiu alterar o diagnóstico de uma paciente, de osteoporose para osteopenia após um ano de tratamento.

Já de acordo com pesquisa realizada por Mallery et al. (15) em idosos hospitalizados, a técnica pode ser utilizada para evitar a perda rápida de massa muscular a que esta população está exposta. Foram avaliadas a participação e aderência em dois grupos, o grupo controle só recebia mobilizações passivas, e o outro realizava exercícios de Pilates. No último grupo a aderência foi de 71% e a participação de 63%, enquanto no grupo controle foi de 96% e 95%, respectivamente. Segundo os autores essa diferença está relacionada a maior dificuldade em realizar exercícios quando comparado a mobilização; porém os benefícios do Pilates não foram avaliados, não permitindo concluir se o método seria mais benéfico quando comparado a mobilização. Mallery et al. (15) sugerem que outros estudos sejam realizados para investigar qual a influência do Pilates na mobilidade e força muscular dos idosos hospitalizados.

Outra indicação para o uso do Pilates, como uma forma de reabilitação precoce, foi pesquisada por Levine et al. (16). Segundo este estudo, o Pilates pode ser usado tanto no período pré-operatório quanto no pós-operatório de artroplastia de quadril e joelho. No primeiro período, o método ajuda a aumentar força, mobilidade e amplitude de movimento (ADM) da articulação acometida e das adjacentes; maximizando a função e flexibilidade. Após artroplastia total de quadril ou joelho, o método foi utilizado com os mesmos objetivos do período pré-operatório. De acordo com o estudo, o Pilates foi eficaz nessa população por permitir exercícios precoces e que respeitassem os limites de movimentação - como flexão do quadril até 90º - como também auxiliar no aumento de resistência dos músculos adjacentes.

O método também é difundido como uma forma de tratamento para alterações posturais. De acordo com Blum (17), a aplicação do Pilates em paciente com escoliose idiopática é uma ferramenta eficaz
no combate à progressão da escoliose e pode até mesmo melhorar as condições da mesma. Em seu estudo, os exercícios do método foram aplicados numa paciente com escoliose severa, de forma concomitante ao tratamento quiroprático. O método foi incluído no tratamento quando foi percebido que a paciente não conseguia contrair isoladamente certos grupos musculares, especialmente os relacionados à postura. Com o tratamento combinado, a paciente apresentou melhora na função e diminuição da dor. Segundo Blum (17), ainda são necessários mais estudos e com maior amostra, entretanto, o autor sugere que a inclusão de exercícios como o Pilates no tratamento da escoliose auxilia na recuperação.

O Pilates também é difundido como uma possível forma de tratamento para atletas. No estudo de Lugo-Lacheveque et al. (18), o método foi aplicado em uma corredora, pois a mesma apresentava disfunção não diagnosticada nos membros inferiores quando praticava o esporte, e por causa disto teve que se afastar do mesmo. Foi avaliado que a atleta apresentava fraqueza da musculatura estabilizadora do quadril e da coluna, o que é muito comum em corredores - especialmente mulheres 
porque se exercitam principalmente em um plano de movimento. A paciente foi submetida a tratamento com exercícios do Pilates; com ênfase em exercícios bilaterais de cadeia aberta e fechada, e contração excêntrica e concêntrica de abdutores e rotadores externos do quadril, sendo que após um ano de intervenção, a atleta retornou ao programa de corrida. No estudo, a única forma citada para avaliar alteração no quadro foi o retorno à atividade esportiva, e os autores acreditam que o Pilates neste tipo de atleta deve ser usado de forma mais rotineira, permitindo assim avaliar melhor sua efetividade.

Entre as possíveis indicações do método Pilates, o tratamento da lombalgia tem sido motivo de especial estudo, provavelmente devido a sua alta incidência e ao alto custo com seu tratamento. Segundo Maher (19), em sua revisão sistemática sobre tratamento da dor lombar, os métodos utilizados atualmente podem ser divididos em três grandes grupos: os efetivos, os ineficazes e os que ainda não foram devidamente estudados para concluir sua eficácia. Maher (19) concluiu que o exercício é um dos tratamentos mais eficientes para esta disfunção, tanto a longo quanto em curto prazo. Embora em seu estudo o Pilates esteja entre as técnicas que precisam ser mais estudadas, os exercícios descritos como mais eficientes seguem os princípios do método, como contração dos músculos múltifido e transverso abdominal associados a respiração, além de progressão de acordo com as características do paciente.

Já no estudo de Rydeard et al. (20), pacientes que apresentavam lombalgia foram divididos em dois grupos, um realizava exercícios do método Pilates e o outro exercícios convencionais; sendo monitorada a intensidade da dor e o escore de disfunção através de um questionário. Após o tratamento, a intensidade de dor era de 18.3 e o escore de 2.0 no grupo com Pilates, enquanto no grupo controle os valores eram de 33.9 e 3.2. Levando os autores a concluir que os exercícios baseados no Pilates são mais eficazes que os usualmente utilizados no tratamento da lombalgia.

Na pesquisa de Donzelli et al. (21), os pacientes também foram divididos em dois grupos, enquanto um praticava Pilates o outro fazia exercícios baseados no método proposto pela Escola de Coluna. Foram aplicados questionários para obter intensidade de dor e o escore de disfunção, que ao final do tratamento eram de 4,3 e 6,2, respectivamente, no grupo de Pilates. Enquanto no grupo da Escola de Coluna a intensidade da dor foi de 4 e o escore de disfunção 6,5. Os valores médios encontrados foram similares em ambos os grupos, embora no grupo que praticava Pilates houve uma melhora um pouco maior no escore de disfunção no primeiro mês, que passou de 12,5 para 6,5, enquanto no outro grupo a mudança foi de 10,5 para 6,5. De acordo com Donzelli et al. (21), o Pilates seria tão eficiente quanto a Escola de Coluna no tratamento da lombalgia, todavia houve uma diferença quanto a satisfação com o tratamento. No grupo com Pilates a maioria dos participantes se declarou muito satisifeito (61% versus 4,5% no grupo da Escola da Coluna), esta diferença deve ter ocorrido porque os exercícios do Pilates foram mais simples e adaptáveis aos pacientes.

No estudo de Segal et al. (22) foram observadas variáveis que geralmente são citadas como modificáveis pela prática do Pilates, sendo elas: flexibilidade, composição corporal e percepção de saúde. Após a aplicação do método houve aumento da flexibilidade, porém não houve alteração significativa na composição corporal; incluindo peso, postura e quantidade de massa gorda, nem mudança na escala de percepção pessoal de saúde, que permaneceu perto do valor inicial de 77. Segundo os autores, embora muitas das variáveis não tenham modificado consideravelmente e devem ser alvo de mais pesquisas, o Pilates se mostrou eficaz para ganho de flexibilidade. Esta foi avaliada através da distância dedo-chão, e a média de aumento foi de 4,1cm. Os estudos mostram que maior que as contra-indicações são os cuidados que devem ser tomados. Segundo Mallery et al. (15), a maioria dos pacientes que são proibidos de participar de programas de exercício convencionais poderiam realizar os exercícios do Pilates, pois os mesmos podem ser feitos no ritmo do paciente e com progressão proporcional ao desempenho apresentado. Sendo que, em todos os estudos analisados nesta revisão, mesmo quando foram realizadas adaptações nos exercícios, os princípios básicos do método Pilates - como centragem e respiração diafragmática - foram seguidos.

De acordo com Balogh (13), quando o Pilates for aplicado em mulheres grávidas durante o segundo ou terceiro trimestre gestacional os exercícios na posição supina são contra-indicados. Quando em idosos, segundo Kopitzke (14), os exercícios devem ser precedidos por uma densitometria óssea, e no caso de osteoporose os que incluem flexão da coluna são contra-indicados. Já em pacientes que foram
submetidos a artroplastia total do quadril, Levine et al. (16) aconselham que a flexão de quadril seja limitada a 90º, a adução não ultrapasse a linha mediana e a rotação interna seja mínima. Quanto à forma de aplicação do Pilates não há consenso entre os estudos. Apenas seis estudos descreveram qual a frequência e duração do tratamento. Entretanto, quanto ao tempo que deve durar a sessão houve consenso entre os estudos; de acordo com Lugo-Larcheveque et al. (18), Rydeard et al. (20), Donzelli et al. (21) e Segal et al. (22) este deve ser de uma hora, todavia em nenhum estudo constou o porque deste tempo. Segundo Kopitzke (14) e Mallery et al. (15), o Pilates para idosos deve ser realizado três vezes por semana; sendo que foi necessário um ano para alcançar alteração na composição óssea da idosa acompanhada no primeiro estudo, e um mês para mudança nos idosos  hospitalizados acompanhados no segundo estudo. Já no estudo de Segal et al. (22) os exercícios foram realizados apenas uma vez por semana, durante dois meses, para então apresentar alteração na flexibilidade. Enquanto no acompanhamento da atleta com fraqueza muscular feito por Lugo-Larcheveque et al (18), o Pilates foi realizado duas vezes por semana durante um ano para que a atleta retornasse ao esporte.

Enquanto para o tratamento da lombalgia, Donzelli et al. (21) ofereceram o Pilates por 10 dias consecutivos, e Rydeard et al (20) por três vezes por semana durante um mês; sendo que nos dois estudos o método Pilates apresentou eficácia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo mostra que o Pilates pode ser uma ferramenta eficaz para o fisioterapeuta na reabilitação, apresentando benefícios variados e poucas contraindicações. Mesmo quando estas existem, como é o caso da posição supino em gestantes, os exercícios podem ser realizados em outras posturas. A maioria dos estudos mostrou apenas contraindicações relativas, ou seja, que não impedem a aplicação do método, apenas exigem algumas alterações e cuidados. As indicações são muitas e variadas, podendo ser aplicada em populações especiais - como gestantes idosos e atletas - e também em diversos problemas ortopédicos, como diminuição de flexibilidade e escoliose. Contudo, o Pilates ganha espaço no tratamento da lombalgia, uma vez que sua incidência tem aumentado, e influencia desde as atividades profissionais até as de lazer. Todavia, os estudos em cada abordagem são poucos e não possuem a mesma metodologia, sendo necessária maior pesquisa na área, com maior amostra.

Há consenso entre os estudos que o tempo de cada sessão deve ser de uma hora, e que todos os princípios do método devem ser seguidos quando o mesmo é aplicado como uma forma de reabilitação. Todavia, ainda não há uma definição do tempo necessário para alcançar os objetivos propostos pelo tratamento nem tão pouco qual deve ser a frequência de aplicação, sendo que a maioria dos estudos recomenda que o método seja aplicado três vezes por semana. As diferenças apresentadas devem estar relacionadas às características de cada população e as diferentes indicações. Isso porque a resposta ao exercício se modifica com a idade e com a condição de saúde, além disso, cada disfunção exige um tempo e intensidade diferentes para ser tratada.

Mostrando, assim, que o Pilates pode ser utilizado pelo fisioterapeuta na reabilitação de diferentes populações e disfunções, sempre seguindo os princípios do método e respeitando as condições individuais. Contudo ainda se faz necessário maior número de pesquisas com amostras maiores e abordando mais variáveis.

 Fonte: Fisioter Mov. 2009 jul/



quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Lesão muscular: fisioterapia, diagnóstico e tratamento




As lesões musculares são a causa mais frequente de incapacidade física na prática esportiva. Estima-se que 30 a 50% de todas as lesões associadas ao esporte são causadas por lesões de tecidos moles.

A força tênsil exercida sobre o músculo leva a um excessivo estiramento das miofibrilas e, consequentemente, a uma ruptura próxima à junção miotendínea.

Os estiramentos musculares são tipicamente observados nos músculos superficiais que trabalham cruzando duas articulações, como os músculos reto femoral, semitendíneo e gastrocnêmio.

Os músculos biarticulares têm velocidade de contração e capacidade para mudança de comprimento maiores, contudo, menor capacidade de suportar tensão.

Estiramentos e contusões leves (grau I) representam uma lesão de apenas algumas fibras musculares com pequeno edema e desconforto, acompanhadas de nenhuma ou mínima perda de força e restrição de movimentos.

Não é possível palpar-se qualquer defeito muscular durante a contração muscular. Apesar de a dor não causar incapacidade funcional significativa, a manutenção do atleta em atividade não é recomendada devido ao grande risco de aumentar a extensão da lesão

Estiramentos e contusões moderadas (grau II) provocam um dano maior ao músculo com evidente perda de função (habilidade para contrair). É possível palpar-se um pequeno defeito muscular, ou gap, no sítio da lesão, e ocorre a formação de um discreto hematoma local com eventual ecmose dentro de dois a três dias. A evolução para a cicatrização costuma durar de duas a três semanas e, ao redor de um mês, o paciente pode retornar à atividade física de forma lenta e cuidadosa.

Uma lesão estendendo-se por toda a sessão transversa do músculo e resultando em virtualmente completa perda de função muscular e dor intensa é determinada como estiramento ou contusão grave (grau III). A falha na estrutura muscular é evidente, e a equimose costuma ser extensa, situando-se muitas vezes distante ao local da ruptura. O tempo de cicatrização desta lesão varia de quatro a seis semanas. Este tipo de lesão necessita de reabilitação intensa e por períodos longos de até três a quatro meses. O paciente pode permanecer com algum grau de dor por meses após a ocorrência e tratamento da lesão.

O estiramento dos isquiotibiais é a lesão mais comum nos atletas. Os músculos isquiotibiais são os menos alongados do membro inferior e, por este motivo, mais facilmente lesionados durante a contração muscular excêntrica. A gravidade da lesão é geralmente negligenciada, especialmente na fase aguda.

O diagnóstico da lesão normalmente é realizado a partir de um alto índice de suspeita clínica e exame clínico cuidadoso. A ressonância magnética é valiosa para se diferenciar entre uma lesão completa ou incompleta e para o planejamento do tratamento.

A rotura completa dos músculos isquiotibiais proximalmente em sua origem é rara. A condução do caso varia entre o tratamento conservador com um imobilizador em flexão ou o reparo cirúrgico em um segundo momento. Embora o reparo cirúrgico em um segundo tempo possa apresentar bons resultados, o reparo precoce permite uma reabilitação funcional mais rápida e evita o sintoma neurológico potencial de ciática glútea.

O que distingue a cicatrização da lesão muscular da cicatrização óssea é que no músculo ocorre um processo de reparo, enquanto que no tecido ósseo ocorre um processo de regeneração.

Fase 1: destruição – caracterizada pela ruptura e posterior necrose das miofibrilas, pela formação do hematoma no espaço formado entre o músculo roto e pela proliferação de células inflamatórias

Fase 2: reparo e remodelação – consiste na fagocitose do tecido necrótico, na regeneração das miofibrilas e na produção concomitante do tecido cicatricial conectivo, assim como a neoformação vascular e crescimento neural.

Fase 3: remodelação – período de maturação das miofibrilas regeneradas, de contração e de reorganização do tecido cicatricial e da recuperação da capacidade funcional muscular.

O diagnóstico da lesão muscular inicia-se com uma história clínica detalhada do trauma, seguida por um exame físico com a inspeção e palpação dos músculos envolvidos, assim como os testes de função com e sem resistência externa. O diagnóstico é fácil quando uma típica história de contusão muscular é acompanhada por um evidente edema ou uma equimose distal à lesão.

Em termos de tratamento a mobilização precoce induz a um aumento da vascularização local na área da lesão, melhor regeneração das fibras musculares e melhor paralelismo entre a orientação das miofibrilas regeneradas em comparação à restrição do movimento.

Fase aguda

O tratamento imediato para a lesão do músculo esquelético ou qualquer tecido de partes moles é conhecido como princípio PRICE (Proteção, Repouso, Gelo ou Ice, Compressão e Elevação). A justificativa do uso do princípio PRICE é por ele ser muito prático, visto que as cinco medidas clamam por minimizar o sangramento do sítio da lesão.

Colocando-se o membro lesionado em repouso logo após o trauma, previne-se uma retração muscular tardia ou formação de um gap muscular maior por se reduzir o tamanho do hematoma e, subsequentemente, o tamanho do tecido conectivo cicatricial. Com relação ao uso do gelo, mostrou-se que o uso precoce de crioterapia está associado a um hematoma significativamente menor no gap das fibras musculares rompidas, menor inflamação e regeneração acelerada

De acordo com os conhecimentos atuais, é recomendada a combinação do uso de gelo e compressão por turnos de 15 a 20 minutos, repetidos entre intervalos de 30 a 60 minutos, visto que este tipo de protocolo resulta em 3° a 7°C de decaimento da temperatura intramuscular e a 50% de redução do fluxo sanguíneo intramuscular

Finalmente, a elevação do membro acima do nível do coração resulta na diminuição da pressão hidrostática, reduzindo o acúmulo de líquido no espaço intersticial.

Tratamento pós-fase aguda

1. Treinamento isométrico (ie. contração muscular em que o comprimento do músculo se mantém constante e a tensão muda) pode ser iniciado sem o uso de pesos e posteriormente com o acréscimo deles. Especial atenção deve ser tomada para garantir que todos os exercícios isométricos sejam realizados sem dor.

2. Treinamento isotônico (ie. contração muscular em que o tamanho do músculo muda e a tensão se mantém) pode ser iniciado quando o treino isométrico for realizado sem dor com cargas resistidas.

3. O exercício isocinético com carga mínima pode ser iniciado uma vez que os dois exercícios anteriores sejam realizados sem dor.

A compreensão dos mecanismos fisiopatológicos que regulam a reparação muscular e sua adaptação ao treinamento físico são essenciais para o profissional que se propõe a tratar destes pacientes. São a base para o desenvolvimento dos meios de prevenção de lesões e para o tratamento adequado e reabilitação das lesões instaladas.
A respeito do tempo apropriado de retorno ao treino específico para o esporte, a decisão pode ser baseada em duas simples e pouco onerosas medidas: a habilidade de alongar o músculo lesionado tanto quanto o lado contralateral sadio, e ausência da dor no músculo lesionado em movimentos básicos.

Quando o paciente refere alcançar este ponto na recuperação, a permissão de se iniciar gradualmente os exercícios específicos para o esporte é garantida.

Contudo, sempre deve ser enfatizado que a fase final de reabilitação deve ser realizada sob supervisão de profissional capacitado.

FONTE: Fisioterapia e Reabilitação






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terça-feira, 29 de novembro de 2016

DRENAGEM LINFÁTICA




 
No desespero para perder uns centímetros aqui, outros ali, algumas mulheres acabam optando por tratamentos errados ou caem nas mãos de profissionais de má fé. A fisioterapeuta dermato-funcional Juliana Borges esclareceu alguns pontos interessantes:

Como funciona a drenagem linfática e para que serve?

“A drenagem linfática manual é uma massagem feita por meio da pressão das mãos com manobras específicas para estimular o sistema linfático. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a drenagem linfática não promove a perda de gordura. Ela apenas ajuda a drenar líquidos excedentes. Ela é indicada para pessoas que retêm muito líquido e ficam constantemente inchadas.”

 A drenagem linfática ajuda a reduzir medidas? E funciona contra celulite?

“Não podemos dizer que a drenagem linfática diminui medidas para todo mundo. Depende muito de quão inchada está a paciente. Se há muita gordura, porém pouco líquido retido, a diminuição de medidas é irrelevante. Se a retenção de líquidos é grande, é possível que a pessoa fique mais fina após algumas sessões. Em relação à celulite, um dos fatores envolvidos é a retenção de líquidos no tecido subcutâneo. Portanto, a drenagem linfática pode auxiliar, mas deve ser associada a outros tratamentos.”


Algumas pessoas fazem drenagem linfática com auxílio de um copo. É indicado?



“De jeito nenhum. Se a profissional vier com um copo, interrompa a sessão na hora. Existe um aparelho especial que pode ajudar na drenagem, promovendo um vácuo no local. Mas copo, nunca.”

Que profissionais podem fazer drenagem linfática?

“De acordo com o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO), a técnica de DLM (drenagem linfática manual) só pode ser realizada por fisioterapeutas. Antes de realizar a sessão, confirme que o profissional em questão é fisioterapeuta.”





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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Dorsalgia: Causas, Sintomas e Tratamento com RPG





A região torácica está localizada entre duas outras regiões da coluna vertebral (a cervical e a lombar) e compreende 12 vértebras. Qualquer dor nessa região pode ser considerada uma dorsalgia.

Conheça as principais causas para a Dorsalgia

A dor que caracteriza a dorsalgia é, na maioria das vezes, proveniente de músculos, articulações, nervos, ossos ou outras estruturas próximas à coluna torácica. Dentre as causas, podemos citar as de natureza:

Traumática: é o caso de distensões musculares, fraturas ou contusões na região dorsal, atividades em posições inadequadas, esforço físico exagerado ou quedas;

Degenerativa: quando ocorre a degeneração dos corpos vertebrais, discos intervertebrais e facetas-articulares, normalmente, em virtude do envelhecimento natural;

Tumores: alguns tumores (malignos ou benignos) podem contribuir para o surgimento de dorsalgia.

Outros sintomas também podem acompanhar a dorsalgia, como a dificuldade para respirar, a sensação de “pontadas” no tórax e a queimação nas costas.

O Diagnóstico

Antes de iniciar qualquer tratamento, o profissional precisa obter um diagnóstico preciso do quadro do paciente. No exame é indispensável a avaliação da coluna inteira, identificando a existência de deformidades, contraturas musculares e possíveis limitações de determinados movimentos. E, a partir dessa primeira etapa, o tratamento a ser empregado deverá levar em consideração o quadro específico daquele paciente e os fatores causais da dorsalgia.

Tratamento para a Dorsalgia

Existem diferentes formas de tratamento para a dorsalgia, mas a fisioterapia tem se revelado bastante eficaz na melhora da qualidade de vida dos pacientes com essa patologia. A RPG, por exemplo, é um método fisioterapêutico bastante indicado para quem sofre com a dorsalgia. O especialista avalia o paciente de forma global e todos os movimentos a serem realizados, direcionam-se às necessidades individuais de cada pessoa que apresenta.

O trabalho com a Reeducação Postural Global ajuda no alongamento de músculos encurtados responsáveis pela alteração postural e consequentes queixas de dor do paciente. As sessões são realizadas com movimentos progressivos, de acordo com as respostas do paciente ao tratamento e sem ultrapassar determinadas limitações que apresente. O objetivo aqui não é só afastar os sintomas da doença, mas tratar o próprio indivíduo (ampliando sua consciência corporal) para o evitar o surgimento de novas dores.

Fonte: Terapia Manual


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O que há de novo na velha drenagem




Super conhecida das mulheres, esta forma de massagem ganhou ingredientes modernos, tecnologia e upgrade de outras técnicas. Fique por dentro das inovações e do que elas podem fazer por você.
De toda tecnologia que existe na área da estética, a “velha” drenagem continua a ser um dos tratamentos mais realizados nas clínicas especializadas. Que atire a primeira pedra, quem nunca fez ou pensou em fazer. De famosas a anônimas, muitas pessoas recorrem a suas manobras para melhorar a circulação venosa, e consequentemente, a celulite. “A drenagem linfática manual (DLM) libera o liquido que se deposita entre as células e que não consegue se movimentar sozinho”, explica Orlando Sanches, diretor técnico da clínica PósOp- Sistema de Pós- Operatório Especializado (SP).

Para entender melhor esse processo, o sangue que sai das artérias nutre os tecidos corporais. Parte desse sangue retorna ao coração por meio do sistema venoso, porém, grandes moléculas, como as proteínas, não conseguem penetrar na parede do sistema venoso, deixando um excesso de líquido banhando as células (liquido intersticial). O sistema linfático tem a função de absorver esse liquido.

 Ele percorre pequenos canais localizados logo abaixo da pele e, em determinados pontos, passa por gânglios para ser purificado e receber células do sistema imunológico. “Conforme os canais linfáticos vãos e aprofundando em nosso corpo, se tornam mais calibrosos e em um número cada vez menor, até que em determinada região, a linfa cai no sistema venoso, onde passa pelos pulmões e pelo coração, retornando ao sistema arterial e reiniciando o ciclo. Um desequilíbrio nesse processo desencadeia um quadro de edema” define Angela Lange, fisioterapeuta dermato-funcional (PR). “Como nesses casos há uma significativa dificuldade circulatória e uma grande tendência na retenção de liquido, a drenagem entra como recurso importante que, associado à dieta balanceada e exercícios, ajuda na diminuição das alterações estéticas”, afirma Marcia Colliri Camargo, fisioterapeuta e analista bioenergética (SP).

Regras sem exceção

A circulação linfática tem caminhos muito específicos. “Por isso, as manobras produzidas na drenagem devem seguir um mesmo sentido, sempre, salvo em alguns casos de pós-operatórios de cirurgia plástica. Os canais linfáticos são muito frágeis e as pressões mais fortes fazem que o vaso se feche e não conduza a linfa. Além disso, o fluxo do liquido é muito lento, por isso, quando realiza a drenagem, o profissional tenta ritmar seus movimentos na mesma velocidade que a linfa flui. Toda e qualquer manobra que não cumpra esses requisitos não atua na circulação linfática”, pondera Angela Lange. Isso quer dizer que a drenagem é uma técnica extremamente suave, lenta, que causa sono e leva ao relaxamento. “Ela jamais deve provocar dor ou hematomas”, alerta Marcela Rodrigues, fisioterapeuta dermato-funcional e estética aplicada da clínica Shory  (ES). Sendo assim, uma boa drenagem linfática deve obrigatoriamente obedecer alguns princípios importantes quanto ao ritmo, sentido das manobras, da pressão e da harmonia dos movimentos, como enumera Angela Lange.
    
Pressão: Movimento que desencadeia uma ação forte sobre a pele pode prejudicar, em vez de melhorar. A manobra radical fecha o canal linfático impedindo a condução da linfa, podendo também causar a destruição do capilar linfático, pois ele é muito frágil.
    
Fluxo: O sistema linfático segue caminhos específicos e a drenagem deve obedecer a esse sentido. Por exemplo: as manobras sobre o abdome superior (acima do umbigo) devem se direcionar para a região axilar e as manobras sobre o abdome inferior (abaixo do umbigo) para a região inguinal.
    
Movimento: O fluxo da linfa dentro do canal é muito lento, e massagens vigorosas, como movimentos rápidos, vão contra a fisiologia do sistema orgânico.

Um por todos, todos por um

De acordo com Karla Assed, dermatologista (RJ), a drenagem pode ser realizada de três formas:

Manual: é feita com as mãos estimulando os gânglios. Os movimentos são leves e ritmados, finalizados com massagem suave, que redireciona os líquidos do organismo. Atua na retenção e na celulite, melhorando a textura da pele.

Mecânica: realizada com aparelhos de vacuoterapia e endermoterapia. Ela aumenta o bombeamento da circulação periférica, estimulando o metabolismo.

Drenagem Eletroterápica: envolve os recursos da eletroestética como ultrassom, sonoeletroporação e sonoforese tridimensional, em que a placa ativa a penetração dos princípios ativos enquanto as ondas de calor profundo do ultrassom penetram aumentando o metabolismo e a permeabilidade cutânea.

Drenagem linfática facial

Não é só o corpo que pode se beneficiar com esse tipo de massagem. A drenagem linfática facial tem objetivos preventivos, estéticos e terapêuticos, pois estimula o sistema de defesa, a oxigenação dos tecidos, tonificando a pele e retardando o envelhecimento dos tecidos.

Fonte: Corpo a corpo edição 280




terça-feira, 25 de outubro de 2016

Escoliose e o Método Pilates - Trabalhando a Musculatura Estática e Dinâmica




O método Pilates é bastante reconhecido pela sua eficiente prevenção e recuperação de desvios posturais. Mas nem sempre todos os exercícios do método são aplicáveis. Em cada caso,deve-se analisar tipo, grau e causas do problema, para então decidir quais exercícios devem ser aplicados ou até se o método é indicado.

A escoliose é um desvio postural caracterizado por inclinação, flexão e rotação das vértebras da coluna, obtendo forma tridimensional, formando um “S” ou um “C”. É um problema comum entre a população, sendo que grande parte dos praticantes do método apresentam escoliose.

A escoliose pode ser de origem idiopática, neuromuscular ou congênita e se classifica em não-estruturada , estruturada transitoriamente e estruturada. Essas classificações devem ser cuidadosamente analisadas pelo professor ao iniciar as aulas de pilates com o aluno escoliótico.

A escoliose não-estruturada apresenta leve curvatura e se pode observar correção durante a flexão de coluna e em decúbito É a mais fácil de ser trabalhada, pois ainda pode ser revertida. Neste caso, exercícios de estabilização de coluna e fortalecimento paravertebral e dos músculos do CORE são muito indicados, pois a coluna necessita de estabilidade. 

O alongamento de cadeia lateral também é importante, desde que trabalhado igualmente para os dois lados e sem sobrecarga. Exercícios de dissociação de membros e fortalecimento geral em decúbito dorsal são uma boa alternativa nesses casos.

Na escoliose estruturada transitoriamente, o desvio surge de forma secundária à hérnia discal ou situações inflamatórias. A mesma metodologia da escoliose não-estruturada pode ser aplicada neste caso, porém deve-se, prioritariamente, respeitar o grau de inflamação originado por outro problema.

A escoliose estruturada é aquela da qual não é possível reverter a deformidade. Pode ser hereditária ou causada por alterações no período embrionário. Neste caso, o trabalho deve focar-se no alongamento das estruturas envolvidas, fortalecimento de paravertebrais e CORE para que outras estruturas não sejam comprometidas.

Uma avaliação postural criteriosa é fundamental para o sucesso do tratamento da escoliose com o Pilates. É  muito importante trabalhar nos movimentos em que o seu aluno tem maior dificuldade, principalmente na região torácica.

É recomendado aos adolescentes escolióticos que façam juntamente com o Pilates sessões de RPG, trabalhando dessa forma tanto a musculatura estática (RPG) quanto a dinâmica (Pilates).
O método proporciona uma imensa variedade de exercícios para atingir um mesmo objetivo. Dessa forma, o Pilates é uma alternativa eficiente e motivante para os aluno.

Sempre deve ser considerada a individualidade do aluno, conhecendo-o e respeitando suas possibilidades.

Fonte: Baseado no texto TC Pilates

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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Dor no Ombro e o Manguito Rotador



Um dos maiores causadores de dor no Ombro é a lesão do Manguito Rotador (conjunto de 4 músculos: subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e redondo menor). Esses músculos cobrem a cabeça do úmero (parte do osso do braço que se conecta com a Cintura Escapular: escápula e clavícula); e são responsáveis pela estabilização, força e mobilização.

CAUSAS DA LESÃO

Existem diversas formas de lesionar o ombro: Impacto por quedas e acidentes (fraturas, luxação, distensão muscular, etc), movimentos repetitivos (tendinites e bursites) e degeneração (artrose). Porém a dor pode aparecer mesmo sem ter havido nenhuma lesão, você de repente acorda com a dor e nem sabe de onde veio. Normalmente isso acontece devido a uma mecânica de movimento inadequada ao elevar o braço.

COMO ISSO ACONTECE?

Todo o movimento do braço está diretamente conectado à escápula, que é um osso chato que se encontra nas costas. Se você elevar um dos ombros em direção às suas orelhas com a mão sobre ele e dedos sobre o osso mais atrás, vai sentir que esse osso desliza pra cima e, quando você distancia o ombro das orelhas ele escorrega para baixo, como se a ponta inferior desse osso (escápula) quissesse ir em direção ao bolso traseiro da sua calça. Esse deslocamento da escápula é muito importante e deve ser feito sem muito esforço, para não causar tensões no trapézio, músculo sobre os ombros perto do pescoço.

No dia a dia, acostumamos colocar ali todo o estresse e as tensões, e sem perceber vamos comprimindo os ombros e trazendo eles cada vez mais perto das orelhas. Mas, se você prestar atenção, vai sentir que ao dirigir os ombros estão tensos, ao atender o telefone, ao cozinhar etc.. e é esse acúmulo de tensões que irá causa as dores no pescoço e nas costas.  O problema maior é que, esse novo hábito de manter os ombros elevados vai influenciar nos movimentos dos braços. Tudo porque na escápula tem uma pontinha saliente na parte superior sobre o ombro quase na articulação (o acrômio) e, quando o ombro está elevado, essa pontinha vai deslizar à frente podendo pinçar o nervo ou o tendão que passa por baixo dela indo em direção ao braço. Esse pinçamento ou compressão, poderá trazer lesões caso o braço seja elevado acima da altura dos ombros com uma sobrecarga, isto é, se você estiver carregando algo pesado; podendo até ocasionar ruptura parcial ou total do tendão.

O QUE FAZER?

Colocar gelo é uma das formas de se tratar logo após o trauma e depois para evitar a inflamação;

Você deve procurar um médico para saber qual foi o comprometimento osteo-muscular;

Em casos mais graves é preciso imobilizar o braço;

E, assim que passar a fase aguda e for liberada pelo médico, você deve trabalhar na reeducação do movimento e fazer a mobilização e fortalecimento.

É importante entender que, ao tratar da lesão você não estará necessariamente cuidando da causa, pois se esta lesão se originou de um movimento inadequado, ele não será corrigido automaticamente. E, após o trauma é normal que o corpo crie novos movimentos compensatórios para proteger e compensar o trabalho do músculo lesionado, agravando mais ainda.

Outra coisa comum de aparecer é a memória da dor, que, mesmo após a recuperação da lesão, faz com que toda a estrutura trave e se contraia, tentando evitá-la. Porém essa contração repentina causa uma dor pior, que parece uma pontada quando o músculo espreme o nervo. Muitas pessoas, apesar de já terem se recuperado da lesão, permanecem com a dor que normalmente até piora, porque o corpo continua se protegendo.

Ao evitar o movimento, o ombro se enfraquece e a dor aumenta, porém ao tentar mexer, o ombro reclama, virando um ciclo vicioso. Essa tensão muscular pode levar a tendinites e outras inflamações, pois o músculo não consegue descansar e se recuperar. Você passa a ter dor ao dormir. Um médico irá lhe receitar um relaxante muscular e um anti-inflamatório. Em casos mais graves pode ser necessária a imobilização.

COMO QUEBRAR ESSE CICLO DE DOR?

É importante que seja introduzido movimentos de soltura em forma de pêndulo. Onde o corpo está todo relaxado e com a mão sobre o ombro dolorido você vai girando o corpo e deixando o braço balançar. Deve ser feito em variadas direções, podendo inclinar o corpo à frente para ir soltando e aumentando a mobilidade.

Quando a lesão sai do estágio agudo você deve começar a fortalecer e aumentar a amplitude de movimento, numa primeira fase, os exercícios devem ser feitos sem sobrecarga (peso) e sem as forças negativas da ação da gravidade. Uma maneira de se fazer isso é utilizar uma borracha ou o theraband, vindo de cima, você segura nas extremidades e a borracha é que vai elevar o braço para você, enquando você faz a força para baixo na posição frontal e lateral.

Na posição deitada, você pode trabalhar a rotação do ombro. Coloque os braços um pouco afastados do tronco. Inspire e sinta que o braço inteiro irá rotar para fora como se fosse um pino ao virar a palma da mão para cima, você vai sentir o peitoral abrindo e se alongando. Na expiração o braço volta sem forçar, sempre com a menor contração possível. Esse movimento deve ser feito com o mínimo de dor. Caso na segunda ou terceira vez a dor não tenha diminuído e sim aumentado, você deve parar imediatamente o exercício.

DINÂMICA CORRETA DE MOVIMENTO DO OMBRO

Ao elevar o braço, as suas escápulas devem deslizar para baixo. Imagine uma gangorra: quando a extremidade das mãos se eleva a extremidade do ombro quer descer. Você pode ir em frente do espelho e colocar uma mão sobre o ombro pra sentir ele deslizando para baixo enquanto vc eleva o braço.

Um exercício que eu costumo fazer é assim: deitado com os braços na lateral do corpo, você primeiramente inspira e eleva os ombros em direção à orelha ( esse movimento da escápula é importante, porém não durante o movimento do braço ); ao expirar mande os ombros para longe das orelhas, pense nos dedos indo em direção aos pés, e pense nas mãos como sendo aviões, que vão decolar, subindo fora da cama e voando em direção dos pés.

Mantenha as escapulas relaxadas e espalmadas na cama enquanto o braço continua a subir, mantendo os ombros longe das orelhas durante todo o movimento, que só termina quando os braços tocarem a cama ao lado da cabeça. Com os braços sobre a cabeça, inspire e traga os ombros em direção das orelhas novamente como se quisesse alcançar com os dedos lá para trás, num alongamento gostoso e, ao expirar deslize os ombros novamente para longe das orelhas, trazendo as escápulas para a posição correta antes de começar a movimentar, os braços vão sair novamente da cama e descer para a lateral do tronco. Após repetir 3X, você deverá realizar esse mesmo movimento na lateral do tronco, mantendo a palma da mão pra cima o que provoca uma rotação externa do ombro. Termine realizando semi-círculos.

MUITO IMPORTANTE: SEMPRE QUE OS BRAÇOS SE MOVIMENTAM E SE ELEVAM ACIMA DA ALTURA DOS OMBROS, OS MESMOS DEVEM ESTAR LONGE DAS ORELHAS, COM AS ESCÁPULAS DESLIZANDO NAS COSTAS EM DIREÇÃO AO BOLSO TRASEIRO DA CALÇA.

PILATES E A CINTURA ESCAPULAR

É importante lembrar que, fazer a correção do movimento, num exercício lento não é tão difícil, o mais difícil e conseguir fazer isso no dia a dia, quando você está com milhares de coisas na cabeça. O Pilates vai te ajudar nessa transferência, desafiando o controle em exercícios de alta complexidade e em diferentes posições. Você tem o auxilio das molas para fortalecer graduamente, respeitando as suas limitações.

Lembre-se que é muito importante o acompanhamento de um profissional para ter certeza de que essa correção seja feita apropriadamente.



Fonte: Baseado no texto do blog Tatipilates

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