A atividade física deverá ser considerada como um recurso terapêutico fundamental na intervenção em dermato-funcional.
O bombeamento muscular propiciado pelo exercício físico tem interessantes efeitos na redução de edemas e na regeneração tecidular, visto aumentar o aporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos.
O efeito do exercício na perda de peso é o mais referenciado. Durante a realização do exercício e há medida que o tempo de atividade aumenta, decorrente da estimulação supra-renal pelo sistema nervoso simpático, ocorre uma elevação proporcional das concentrações das catecolaminas, hormonas estimuladoras da lipólise (recetores B1-adrenérgicos), favorecendo a degradação de triglicéridos em ácidos gordos e glicerol.
Os ácidos gordos são o substrato preferencial do músculo esquelético no exercício de baixa intensidade (inferior a 30% do VO2 max.). Já em exercícios de alta intensidade os hidratos de carbono (superior a 70% do VO2 max.) constituem a fonte de energia principal devido ao recrutamento de fibras de contração rápida.
Em exercícios prolongados no tempo, a gordura pode chegar a contribuir com cerca de 80% da energia total necessária, resultado da diminuição dos valores de insulina e aumento das concentrações de glucagon, cortisol, catecolaminas e hormona de crescimento, favorecendo deste modo a redução de massa gorda.
A atividade física nível cutâneo apresenta ainda interessantes efeitos uma vez que, melhora a oxigenação dos tecidos e diminui a perda de massa muscular decorrente do envelhecimento, proporcionando sustentação à pele.
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