segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Carboxiterapia

A carboxiterapia apesar de ser um método muito novo, há muito tempo era usada na Idade Média para tratamento de lesões vasculares, denominada terapia com gás carbônico. A carboxiterapia é a infusão controlada de Gás Carbônico (CO2) medicinal puro a 99,9% administrada de forma subcutânea. É utilizada na estética para:
  • reparo de alterações no tecido como gordura localizada,
  • celulite,
  • microvarizes,
  • olheiras,
  • rejuvenescimento,
  • sequelas de queimados,
  • pós operatório de lipoaspiração,
  • alopécia,
  • úlceras e
  • olheiras.



O CO2 é um gás atóxico, não embólico, não cirúrgico, o precedimento é rápido e resultados satisfatórios na maioria dos casos, por isso vem se consolidando na prática clínica.
Para o uso correto do CO2, foi desenvolvido um equipamento próprio para a carboxiterapia que controla o fluxo e o volume de acordo com o tratamento que será realizado. Algumas empresas fabricam  um equipamento que aquece o gás acreditando que com isso pode aliviar o desconforto para o paciente, porém, não se sabe se o aquecimento do gás modifica sua eficácia e resultados, pois faltam estudos. Portanto na prática clínica foi  verificado que os pacientes não relatam maior conforto durante a terapia.

Seus efeitos são:

  •  Efeito Bohr: A hemoglobina transporta oxigênio e gás carbônico pelo sistema circulatório, ao ser injetado o CO2 o ph local diminui, ficando levemente ácido o que  facilita a entrada de CO2 no interior da célula, que será transportada e eliminada pela respiração, e a saída do O2 da hemoglobina para os vasos sanguíneos, tendo o aumento da oxigenação local do tecido, hiperemia e vasodilatação que estimula a maturação e transformação dos fibroblastos que produz colágeno e elastina.
  • Sua ação no tecido conjuntivo gera um trauma mecânico pela introdução da agulha e do gás ocorrendo um processo de cicatrização que tem ao 21° dia síntese de colágeno, elastina e novos vasos sanguíneos.

  • Carbolipólise:  ao injetar o CO2  o AMPc aumenta e ativa a adenilciclase que se encontra na membrana da célula adipócita, ocorrendo a lipólise (transformação do triglicerídeos em ácido graxo e glicerol). Para que ocorra o mecanismos da lipólise a infusão do gás deve ser profunda e diretamente no tecido adiposo e duas formas podem reduzir o acúmulo de gordura, através da ruptura mecânica do adipócito pelo impacto do gás contra a parede do adipócito ou pela degradação dos triglicerídeos pela oxidação do lipídeo no interior do adipócito. 
Para um melhor tratamento foram traçados planos de aplicação para cada tipo de alteração no tecido. Plano epidérmico (revitalização, telangectasia, sequela de queimado e calvice), dérmico (revitalização, flacidez tissulas, estrias, fibroses, úlceras e deiscência), subcutâneo superficial (celulite) e subcutâneo profundo (gordura localizada).
Autores comprovaram que a celulite reduz de 40,47% no grau da celulite e 33,78% no quadro álgico após 10 sessões de carboxiterapia em variados graus de celulite em região glútea, de 2 a 3 vezes por semana.


O uso da carboxiterapia nas úlceras ou escaras apresentam uma mudança significativa na micorcirculação e na melhora do tecido de granulação diminuindo a inflamação e dor, possibilitando uma boa cicatrização, com aplicações semanais ou ate duas vezes na semana.
Efeitos Adversos:
  • Pode ocorrer dor no local da aplicação devido a infusaõ do gás;
  • Desconforto durante a aplicação em pessoas sensíveis;
  • Pequenos hematomas;
  • É comum sensação de crepitação devido a infusão do gás;
  • Inchaços subcutâneos causado pelo gás;
  • É observado aumento da temperatura local e hiperemia.
É contra indicado em :
  • Insuficiência hepática e renal não controlada;
  • Epiléticos;
  • Gestante;
  • Neoplasia local;
  • Lúpus;
  • Comprometimento imunológico como alergias, pruridos e urticárias. 

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