sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Estrias

A estria é classificada como uma atrofia tegumentar adquirida, decorrente da redução do número e volume dos seus elementos (elastina, colágeno, glicosaminoglicanos e fibroblastos). Apresentam-se de aspeto linear, ligeiramente pregueado, com acentuada diminuição da elasticidade. Podem ter uma espessura até vários milímetros. Geralmente orientam-se perpendicularmente às linhas de Langer e paralelamente umas em relação às outras.
A estria trata-se de uma condição de rutura intradérmica parcial devida a rutura das fibras de elastina. As estrias sugerem a correlação de perda da capacidade de síntese de fibroblastos e alteração da estrutura do tecido conjuntivo. Surgem frequentemente em áreas do corpo que sofrem tensão constante como seios, glúteos e abdômen.
Numa fase inicial são áreas maculares lineares de coloração rosada, podendo estar associadas a sintomas como prurido ou mesmo dor, decorrente do processo inflamatório na derme.  Tardiamente, com a evolução atrófica tornam esbranquiçadas e fibróticas.
Fatores etiológicos das estrias:
  • Puberdade;
  • Gravidez;
  • Obesidade;
  • Síndrome de Cushing;
  • Administração prolongada de corticoesteróides;
  • Mudanças rápidas de peso, mamoplastia de aumento;
  • Suturas por tensão e ainda prática de musculação intensa.
Ocorrem em 40 a 70% das adolescentes e  em 50 a 90% das grávidas. Embora a etiologia ainda não esteja bem esclarecida estão descritos quatro mecanismos etiológicos na patologia da estria:
  • Fatores genéticos como redução dos genes codificadores das componentes da matriz extracelular (elastina, colágeno e fibronectina) bem como alteração do metabolismo dos fibroblastos. Estes fatores levam a um deficiente desenvolvimento do sistema tegumentar, com comprometimento da sua função e resistência.
  • Fatores mecânicos ocasionados por um rápido estiramento da pele. Tanto na gravidez como numa fase de crescimento abrupto a  elasticidade da pele não consegue acompanhar o aumento da extensibilidade, levando a rutura das fibras elásticas.
  • Fatores hormonais associados a aumento da secreção de hormonas como os androgênios e o cortisol. A incidência é mais elevada em pessoas que se encontram em fases de picos hormonais, como a adolescência e a gravidez.
  • Fatores tóxicos como febre reumática, febre tifóide ou outras infeções. Toma prolongada de corticoesteróides têm um efeito anti-proliferativo, inibindo a síntese de colágeno e potencializando a atrofia após inflamação.
Recursos terapêuticos nas estrias:
Os métodos de tratamento da estria baseiam-se em hidratar a pele e provocar inflamação local, a fim de estimular a proliferação celular e a síntese de elementos dérmicos.

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