A melanogênese é influenciada por fatores endógenos e exógenos que podem conduzir a uma superprodução localizada de melanina, traduzindo-se em manchas hipercrômicas.
Fatores que influenciam a melanogênese:
- Radiação UV – está demonstrado que uma pele exposta à RUV contém maior número de melanócitos de maior tamanho e aspeto alterado relativamente à pele não exposta;
- Predisposição genética;
- Medicação (antibióticos, anticoncepcionais);
- Cosmética fotossensibilizante;
- Hormonais (gravidez, menopausa, hipertiroidismo);
- Processo inflamatório e cicatrização;
- Infeções (micoses e vírus);
- Alimentação e suplementos
As manchas resultam de uma hiperatividade dos melanócitos ou de um aumento do número dos mesmos e podem traduzir-se sob diferentes tipos:
Avaliação hiperpigmentação
A avaliação deve ser efetuada com recurso a lâmpada de Wood, que permite determinar a localização da hiperpigmentação, dérmica ou epidérmica. Esta avaliação permite decidir a profundidade do tratamento, bem como prognóstico.
No caso do melasma o índice MAIS (indicador de área e gravidade de melasma que avalia o melasma por áreas e atribui quantificação em função da pigmentação e homogeneidade) e o MelasQol (questionário de qualidade de vida em mulheres com melasma) têm-se revelado instrumentos de avaliação úteis.
Recursos Terapêuticos na hiperpigmentação
Os objetivos de tratamento da hiperpigmentação passam por excluir os fatores etiológicos, efetuar uma fotoproteção adequada, esfoliar, reduzir a melanina oxidada, neutralização de radicais livres, controlar a expressão e atividade da tirosinase.
Terapêutica sistêmica
- Antioxidantes (Selênio, Vitaminas C e E)
- Hidratantes (Omega 3, 6 e 9, ingestão de água)
- Protetores (licopeneo, luteína, B-Caroteno)
Terapêutica local
- Cosmética: Inibidores da melanogênese (ácidos kójico e fitico); Despigmentantes (Vitamina C); Esfoliantes (Ácido mandélico, Retinol); Hidratantes e regeneradores (Ácido lático); Antioxidantes (Vit C, E, resveratrol);Fotoproteção intensiva (filtros solares).
- Eletroporação para penetração de princípios ativos com ação despigmentante;
- Microdermoabrasão;
- Peelings químicos (glicólico, mandélico, kójico, derivados de Vitamina A);
- Laser;
- Luz intensa pulsada.
Os nevos são lesões muito resistentes a tratamentos não-invasivos. Geralmente, o tratamento implica remoção cirúrgica.
O tratamento da hiperpigmentação pós-inflamatória requer especial atenção quando se utilizam procedimentos pró-inflamatórios, sob risco de induzir mais hiperpigmentação.
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