sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Linfedema

O correto funcionamento do sistema linfático está dependente de diversos fatores, podendo ser comprometido com consequente instalação de edema – acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial caracterizando-se macroscopicamente por aumento do volume na região acometida. O linfedema pode ocorrer por diversas causas, como, aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão osmótica, aumento da permeabilidade vascular, obstrução, destruição, remoção cirúrgica (Exemplo: pós mastectomia total) ou mesmo ausência congênita de alguma rede.´
Classificação do linfedema
Dependendo da causa o linfedema pode ser primário ou secundário. Nos linfedemas primários ocorrem quando há uma alteração congênita do desenvolvimento dos vasos e ou gânglios linfáticos ou quando ocorre obstrução por etiologia desconhecida. Nos linfedemas secundários, ocorre uma disfunção sobre um tecido linfático sem alterações congênitas devida a uma causa externa, os mais frequentes são os pós-cirúrgicos e pós-radioterápicos. Também parasitas e tumores podem provocar linfedema.
O linfedema também pode ser classificado quanto a sua intensidade.
- Grau I: edema que se instala após atividade física ou ao final do dia e melhora espontaneamente. Ocorre em decorrência de um pequeno aumento de linfa intersticial e alguma estase nos vasos linfáticos;
- Grau II: o edema não é reversível espontaneamente mas pode ser controlado com terapêuticas apropriadas. Aumento da consistência da pele, decorrente à instalação de fibrose no espaço intersticial. O fluxo linfático encontra-se mais lento, havendo certo grau de estagnação da linfa em coletores e capilares.
- Grau III:  edemas são irreversíveis e mais graves. A grande estagnação da linfa nos vasos e capilares conduz a um elevado grau de fibrose linfostática. Possuem alterações de pele importantes, tornando-se vulneráveis a erisipelas, eczemas, papilomatoses e fistulas linfáticas;
- Grau IV: edemas em fase muito avançada, resultado da total falência do sistema linfático. São as chamadas elefantíase, sendo irreversíveis e apresentam complicações como papilomatose, queratoses, fistulas linfáticas ou mesmo angiomas.

Os sinais e sintomas do linfedema podem incluir
  • sensação de peso ou tensão no membro;
  • dor aguda;
  • alteração de sensibilidade;
  • dor articular;
  • aumento da temperatura local;
  • sinal de Godé positivo;
  • alterações cutâneas como eczemas, micoses, queratoses
A presença de edema linfático compromete a integridade do sistema tegumentar, pois o aumento do volume de determinada região corporal provoca:
  • Tensionamento da pele;
  • Alteração das propriedades mecânicas da pele (Viscosidade e elasticidade da pele é comprometida) com comprometimento funcional;
  • Alterações sensitivas;
  • Diminuição da mobilidade articular.
O fluxo linfático é influenciado pela gravidade, contração muscular, pressões nos tecidos adjacentes, bombeamento arterial, peristaltismo visceral e movimentos respiratórios. Portanto, este fluxo pode ser alterado por recursos ao alcance do fisioterapeuta.
Recursos terapêuticos no linfedema:

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