quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

PILATES: UM QUEBRA-CABEÇA COM RESULTADO PRAZEROSO


PILATES UM QUEBRA-CABEÇA COM RESULTADO PRAZEROSO_post
A primeira referência que me ocorre quando penso em Pilates é o quanto este método de condicionamento físico, mental e de reabilitação me proporciona prazer em trabalhar. Além disto, observo os alunos, quase que diariamente, relatarem bem-estar, prazer e motivação na prática do Pilates. Eles declaram que a diversidade é um dos fatores que mais os motiva. É sempre algo novo!
Entendo que a criatividade seja essencial ao instrutor de Pilates, apesar de o método possuir um repertório diversificado de exercícios tanto no solo, quanto nos aparelhos específicos. Podemos criar atividades com base na necessidade e no objetivo do aluno, o que é democrático e fascinante. Criar não é modificar o exercício na sua essência, mas adaptá-lo, diversificá-lo, respeitando assim individualmente as fases de aprendizagem motora e a aprendizagem dos princípios do método.
Desta forma, é possível:
  • Criar a melhor posição inicial;
  • Inserir acessórios que auxiliem o aluno;
  • Variar a forma de instrução, buscando uma linguagem adequada ao contexto do aluno (trabalho, hobby, etc.);
  • Proporcionar uma nova posição ou forma de relaxamento ao final da aula;
  • Elaborar um exercício a partir do repertório original para aqueles que já estão aplicando os princípios do método de forma consciente e autônoma.
Mas vocês devem estar se perguntando o que quero dizer ao me referir ao Pilates como um quebra-cabeça. Quando observo a sala de Pilates, vejo que as peças (os aparelhos) se encaixam perfeitamente e os acessórios, quando sobrepostos, formam outro acessório que se “encaixa” nos aparelhos.
Da mesma forma, podemos pensar que a atividade física é um grande quebra-cabeça se considerarmos todas as variáveis necessárias para a prescrição de um treinamento como, por exemplo, a individualidade biológica, a especificidade, a relação “volume x intensidade”, a progressão de carga, a supercompensação e a frequência da prática. O sucesso na finalização do quebra-cabeça depende da aderência do aluno ao programa de exercício, que, por experiência, percebo depender muito do prazer, de um ambiente humanizado e da confiança e cumplicidade com o professor.
Que tal pensarmos nos princípios do treinamento físico, acima citados, adaptados ao quebra-cabeça Pilates?
Pilates é um treinamento resistido, de resistência muscular e força (concêntrica, excêntrica e isométrica); portanto, é uma atividade física anaeróbia, cuja principal fonte energética é o carboidrato e a gordura. Com a prática, há uma aceleração no metabolismo, substituindo a gordura por massa corporal magra, que assim tonifica e modela o corpo. Quanto à especificidade, cito exercícios que envolvem atividade vida diária e mimetização de gestos esportivos. A progressão de carga levará em consideração as fases da aprendizagem motora e dos princípios do método.
A relação “volume x intensidade” considera que um exercício mais intenso (como de força isométrica) terá menos repetições (6 a 8), e que um exercício de fortalecimento/mobilização de membros inferiores ou superiores haverá mais repetições (10 a 15). A supercompensação nos faz lembrar a importância da recuperação, levando-nos a informar ao aluno a importância do descanso e do intervalo entre os dias de prática.
Busquemos cada vez mais conhecimento para que possamos estabelecer relações entre áreas afins, tornando, assim, o método Pilates mais inserido no meio científico brasileiro.
É desejável que nós, instrutores, tenhamos muita criatividade e que cada vez mais pessoas pratiquem Pilates, visualizando ao final da aula um quebra-cabeça construído com motivação, autoestima, bem-estar e prazer!


Fonte: http://www.pilatesemevidencia.com.br/pilates-um-quebra-cabeca-com-resultado-prazeroso/


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