terça-feira, 25 de outubro de 2016

Escoliose e o Método Pilates - Trabalhando a Musculatura Estática e Dinâmica




O método Pilates é bastante reconhecido pela sua eficiente prevenção e recuperação de desvios posturais. Mas nem sempre todos os exercícios do método são aplicáveis. Em cada caso,deve-se analisar tipo, grau e causas do problema, para então decidir quais exercícios devem ser aplicados ou até se o método é indicado.

A escoliose é um desvio postural caracterizado por inclinação, flexão e rotação das vértebras da coluna, obtendo forma tridimensional, formando um “S” ou um “C”. É um problema comum entre a população, sendo que grande parte dos praticantes do método apresentam escoliose.

A escoliose pode ser de origem idiopática, neuromuscular ou congênita e se classifica em não-estruturada , estruturada transitoriamente e estruturada. Essas classificações devem ser cuidadosamente analisadas pelo professor ao iniciar as aulas de pilates com o aluno escoliótico.

A escoliose não-estruturada apresenta leve curvatura e se pode observar correção durante a flexão de coluna e em decúbito É a mais fácil de ser trabalhada, pois ainda pode ser revertida. Neste caso, exercícios de estabilização de coluna e fortalecimento paravertebral e dos músculos do CORE são muito indicados, pois a coluna necessita de estabilidade. 

O alongamento de cadeia lateral também é importante, desde que trabalhado igualmente para os dois lados e sem sobrecarga. Exercícios de dissociação de membros e fortalecimento geral em decúbito dorsal são uma boa alternativa nesses casos.

Na escoliose estruturada transitoriamente, o desvio surge de forma secundária à hérnia discal ou situações inflamatórias. A mesma metodologia da escoliose não-estruturada pode ser aplicada neste caso, porém deve-se, prioritariamente, respeitar o grau de inflamação originado por outro problema.

A escoliose estruturada é aquela da qual não é possível reverter a deformidade. Pode ser hereditária ou causada por alterações no período embrionário. Neste caso, o trabalho deve focar-se no alongamento das estruturas envolvidas, fortalecimento de paravertebrais e CORE para que outras estruturas não sejam comprometidas.

Uma avaliação postural criteriosa é fundamental para o sucesso do tratamento da escoliose com o Pilates. É  muito importante trabalhar nos movimentos em que o seu aluno tem maior dificuldade, principalmente na região torácica.

É recomendado aos adolescentes escolióticos que façam juntamente com o Pilates sessões de RPG, trabalhando dessa forma tanto a musculatura estática (RPG) quanto a dinâmica (Pilates).
O método proporciona uma imensa variedade de exercícios para atingir um mesmo objetivo. Dessa forma, o Pilates é uma alternativa eficiente e motivante para os aluno.

Sempre deve ser considerada a individualidade do aluno, conhecendo-o e respeitando suas possibilidades.

Fonte: Baseado no texto TC Pilates

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Realizamos avaliação postural de todos nossos alunos, trabalho direcionado para as suas necessidades e objetivos, experimente.





terça-feira, 18 de outubro de 2016

Dor no Ombro e o Manguito Rotador



Um dos maiores causadores de dor no Ombro é a lesão do Manguito Rotador (conjunto de 4 músculos: subescapular, supra-espinhoso, infra-espinhoso e redondo menor). Esses músculos cobrem a cabeça do úmero (parte do osso do braço que se conecta com a Cintura Escapular: escápula e clavícula); e são responsáveis pela estabilização, força e mobilização.

CAUSAS DA LESÃO

Existem diversas formas de lesionar o ombro: Impacto por quedas e acidentes (fraturas, luxação, distensão muscular, etc), movimentos repetitivos (tendinites e bursites) e degeneração (artrose). Porém a dor pode aparecer mesmo sem ter havido nenhuma lesão, você de repente acorda com a dor e nem sabe de onde veio. Normalmente isso acontece devido a uma mecânica de movimento inadequada ao elevar o braço.

COMO ISSO ACONTECE?

Todo o movimento do braço está diretamente conectado à escápula, que é um osso chato que se encontra nas costas. Se você elevar um dos ombros em direção às suas orelhas com a mão sobre ele e dedos sobre o osso mais atrás, vai sentir que esse osso desliza pra cima e, quando você distancia o ombro das orelhas ele escorrega para baixo, como se a ponta inferior desse osso (escápula) quissesse ir em direção ao bolso traseiro da sua calça. Esse deslocamento da escápula é muito importante e deve ser feito sem muito esforço, para não causar tensões no trapézio, músculo sobre os ombros perto do pescoço.

No dia a dia, acostumamos colocar ali todo o estresse e as tensões, e sem perceber vamos comprimindo os ombros e trazendo eles cada vez mais perto das orelhas. Mas, se você prestar atenção, vai sentir que ao dirigir os ombros estão tensos, ao atender o telefone, ao cozinhar etc.. e é esse acúmulo de tensões que irá causa as dores no pescoço e nas costas.  O problema maior é que, esse novo hábito de manter os ombros elevados vai influenciar nos movimentos dos braços. Tudo porque na escápula tem uma pontinha saliente na parte superior sobre o ombro quase na articulação (o acrômio) e, quando o ombro está elevado, essa pontinha vai deslizar à frente podendo pinçar o nervo ou o tendão que passa por baixo dela indo em direção ao braço. Esse pinçamento ou compressão, poderá trazer lesões caso o braço seja elevado acima da altura dos ombros com uma sobrecarga, isto é, se você estiver carregando algo pesado; podendo até ocasionar ruptura parcial ou total do tendão.

O QUE FAZER?

Colocar gelo é uma das formas de se tratar logo após o trauma e depois para evitar a inflamação;

Você deve procurar um médico para saber qual foi o comprometimento osteo-muscular;

Em casos mais graves é preciso imobilizar o braço;

E, assim que passar a fase aguda e for liberada pelo médico, você deve trabalhar na reeducação do movimento e fazer a mobilização e fortalecimento.

É importante entender que, ao tratar da lesão você não estará necessariamente cuidando da causa, pois se esta lesão se originou de um movimento inadequado, ele não será corrigido automaticamente. E, após o trauma é normal que o corpo crie novos movimentos compensatórios para proteger e compensar o trabalho do músculo lesionado, agravando mais ainda.

Outra coisa comum de aparecer é a memória da dor, que, mesmo após a recuperação da lesão, faz com que toda a estrutura trave e se contraia, tentando evitá-la. Porém essa contração repentina causa uma dor pior, que parece uma pontada quando o músculo espreme o nervo. Muitas pessoas, apesar de já terem se recuperado da lesão, permanecem com a dor que normalmente até piora, porque o corpo continua se protegendo.

Ao evitar o movimento, o ombro se enfraquece e a dor aumenta, porém ao tentar mexer, o ombro reclama, virando um ciclo vicioso. Essa tensão muscular pode levar a tendinites e outras inflamações, pois o músculo não consegue descansar e se recuperar. Você passa a ter dor ao dormir. Um médico irá lhe receitar um relaxante muscular e um anti-inflamatório. Em casos mais graves pode ser necessária a imobilização.

COMO QUEBRAR ESSE CICLO DE DOR?

É importante que seja introduzido movimentos de soltura em forma de pêndulo. Onde o corpo está todo relaxado e com a mão sobre o ombro dolorido você vai girando o corpo e deixando o braço balançar. Deve ser feito em variadas direções, podendo inclinar o corpo à frente para ir soltando e aumentando a mobilidade.

Quando a lesão sai do estágio agudo você deve começar a fortalecer e aumentar a amplitude de movimento, numa primeira fase, os exercícios devem ser feitos sem sobrecarga (peso) e sem as forças negativas da ação da gravidade. Uma maneira de se fazer isso é utilizar uma borracha ou o theraband, vindo de cima, você segura nas extremidades e a borracha é que vai elevar o braço para você, enquando você faz a força para baixo na posição frontal e lateral.

Na posição deitada, você pode trabalhar a rotação do ombro. Coloque os braços um pouco afastados do tronco. Inspire e sinta que o braço inteiro irá rotar para fora como se fosse um pino ao virar a palma da mão para cima, você vai sentir o peitoral abrindo e se alongando. Na expiração o braço volta sem forçar, sempre com a menor contração possível. Esse movimento deve ser feito com o mínimo de dor. Caso na segunda ou terceira vez a dor não tenha diminuído e sim aumentado, você deve parar imediatamente o exercício.

DINÂMICA CORRETA DE MOVIMENTO DO OMBRO

Ao elevar o braço, as suas escápulas devem deslizar para baixo. Imagine uma gangorra: quando a extremidade das mãos se eleva a extremidade do ombro quer descer. Você pode ir em frente do espelho e colocar uma mão sobre o ombro pra sentir ele deslizando para baixo enquanto vc eleva o braço.

Um exercício que eu costumo fazer é assim: deitado com os braços na lateral do corpo, você primeiramente inspira e eleva os ombros em direção à orelha ( esse movimento da escápula é importante, porém não durante o movimento do braço ); ao expirar mande os ombros para longe das orelhas, pense nos dedos indo em direção aos pés, e pense nas mãos como sendo aviões, que vão decolar, subindo fora da cama e voando em direção dos pés.

Mantenha as escapulas relaxadas e espalmadas na cama enquanto o braço continua a subir, mantendo os ombros longe das orelhas durante todo o movimento, que só termina quando os braços tocarem a cama ao lado da cabeça. Com os braços sobre a cabeça, inspire e traga os ombros em direção das orelhas novamente como se quisesse alcançar com os dedos lá para trás, num alongamento gostoso e, ao expirar deslize os ombros novamente para longe das orelhas, trazendo as escápulas para a posição correta antes de começar a movimentar, os braços vão sair novamente da cama e descer para a lateral do tronco. Após repetir 3X, você deverá realizar esse mesmo movimento na lateral do tronco, mantendo a palma da mão pra cima o que provoca uma rotação externa do ombro. Termine realizando semi-círculos.

MUITO IMPORTANTE: SEMPRE QUE OS BRAÇOS SE MOVIMENTAM E SE ELEVAM ACIMA DA ALTURA DOS OMBROS, OS MESMOS DEVEM ESTAR LONGE DAS ORELHAS, COM AS ESCÁPULAS DESLIZANDO NAS COSTAS EM DIREÇÃO AO BOLSO TRASEIRO DA CALÇA.

PILATES E A CINTURA ESCAPULAR

É importante lembrar que, fazer a correção do movimento, num exercício lento não é tão difícil, o mais difícil e conseguir fazer isso no dia a dia, quando você está com milhares de coisas na cabeça. O Pilates vai te ajudar nessa transferência, desafiando o controle em exercícios de alta complexidade e em diferentes posições. Você tem o auxilio das molas para fortalecer graduamente, respeitando as suas limitações.

Lembre-se que é muito importante o acompanhamento de um profissional para ter certeza de que essa correção seja feita apropriadamente.



Fonte: Baseado no texto do blog Tatipilates

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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Como o Pilates pode auxiliar no tratamento da Fasceíte Plantar




A fasceíte plantar é uma inflamação na região medial do calcâneo que gera dor no calcanhar estendendo-se para o arco plantar. A inflamação é ocasionada por microtraumatismos de impacto e pode gerar fibrose e degeneração das fibras faciais. Essa patologia é causada normalmente por características anatômicas específicas ou uso excessivo da articulação. E como o método Pilates pode auxiliar neste tipo de patologia? 

Seguem algumas dicas:

  • Primeiramente, devem ser evitados exercícios que geram impacto na articulação do tornozelo, como os saltos no jumpboard. O impacto aumenta a inflamação da fáscia. A estimulação da região acometida com leves massagens auxilia na diminuição do quadro álgico, trazendo alívio para o aluno. 


  • É interessante que o aluno aprenda a fazer automassagem, utilizando, por exemplo, bolinhas de gel ou bolinhas de plástico. Só ele poderá regular a massagem considerando o nível de dor.


  • Os alongamentos de cadeia posterior, principalmente gastrocnêmios e sóleo, são extremamente importantes no processo, levando a uma descompressão da região. Em muitos casos, os alunos relatam alívio imediato da dor. 


  • Os exercícios de footwork são excelentes.


  • O trabalho de decoaptação de tornozelo deve ser associado para liberação da região, que suporta o peso do corpo durante a maior parte do dia. Isso pode ser realizado com auxílio de uma mola presa ao trapézio e ao tornozelo, fazendo pequenas ondulações realizadas pelas mãos do professor.


  • Evitar o fortalecimento intenso de gastrocnêmios e sóleo, trabalhando com pouquíssimas sobrecargas. Utilizar somente o peso do próprio corpo é uma boa alternativa.


  • Os exercícios em flexão plantar (ponta de pé) podem gerar alívio no momento, mas posteriormente podem aumentar o quadro de dor.


  • O trabalho de propriocepção desenvolvido no método Pilates deve ser explorado ao máximo nesses casos. Fazer o aluno perceber a pisada e ensiná-lo a distribuir bem o peso do corpo sobre a sola do pé, o ajudará a evitar sobrecarga na articulação durante atividades da vida diária.


  • A dor sempre deve ser considerada ponto limite para o trabalho. Se o aluno sente desconforto na realização de determinado exercício, verifique as cargas, a amplitude ou até mesmo suspenda a realização.


Fonte: TC Pilates


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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Lesões do Ligamento Cruzado Anterior e Pilates




O ligamento cruzado anterior do joelho (LCA) encontra-se conectado à porção póstero-lateral do intercôndilo do fêmur e também à porção anterior à espinha da tíbia.  Tem como função estabilizar, controlar a cinemática e prevenir rotações e deslocamentos anormais da articulação do joelho.  Desta forma, é o LCA que trabalha evitando a rotação tibial, a angulação varo-valgo e, principalmente, a translação anterior da tíbia em relação ao fêmur.





Observando a ação do LCA, devemos fazer algumas considerações antes de escolher o repertório de exercícios a serem realizados.

Exercícios em cadeia cinética fechada tem menos probabilidade de gerar uma translação anterior da tíbia, pois a força é dissipada entre várias articulações dos MMII. Em cadeia cinética aberta, apenas uma articulação receberá a sobrecarga total. Além do que, neste tipo do exercício, o quadríceps, os músculos posteriores da coxa e os glúteos são ativados reduzindo as forças de rotação da tíbia, que estariam presentes nos exercícios de cadeia cinética aberta (PEPPARD,2001). Assim, considera-se extremamente importante o fortalecimento de ísquiostibiais, glúteos e quadríceps para prevenção e tratamento de lesão de LCA. 

 As extensões completas de joelho devem ser evitadas, pois ocorre maior solicitação mecânica do ligamento. A realização do trabalho proprioceptivo será indispensável, uma vez que estimulamos os mecanorreceptores geramos uma resposta mais rápida em situações inesperadas, que muitas vezes envolvem torções, por exemplo, pisar em buracos, cair de escadas, etc. O alongamento dos rotadores externos do quadril também é importante, pois quando encurtados geram a rotação externa do fêmur, tensionando o LCA (Hewet. T, 2010).

A análise postural será indispensável para identificar qual o mecanismo que lesionou o LCA. Sendo um geno valgo, por exemplo, deve-se seguir as orientações para isso, como alongar e fazer liberação miofascial da banda íliotibial, bíceps femural,  pectíneo e grácil e fortalecer tensor da fáscia lata e rotadores externos.

É interessante liberar as fáscias das estruturas encurtadas para fortalecer na sequência seus antagonistas, evitando a tensão oposta.

Exercícios indicados dentro do método Pilates:

- Footwork com apoio dos pés do balance disc ( com suporte da prancha de saltos);
- Ponte sobre a bola com dissociação de MMII (flexionando e estendendo os joelhos);
- Agachamentos com auxílio da barra torre do Cadillac e também utilizando acessório de equilíbrio;
- Side kick series;
- Alongamento de MMII passivo estático com as alças de pés do reformer (unilateral)
- Liberação miofascial com o rolo;

Devemos sempre tomar muito cuidado ao lidar com patologias do joelho, pois é uma articulação de grande sustentação corporal e suas disfunções geram compensações por toda a estrutura corporal.

Fonte: TC Pilates

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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Síndrome da Dor Miofascial





As dores musculares são habituais e normalmente se relacionam com a tensão diária, exercício físico intenso, posturas inadequadas, traumas, esforços repetitivos ou inclusive por estresse emocional. 
O esperado é que tais tensões musculares sejam passageiras, mas em muitos casos acabam sendo contínuas e crônicas, ultrapassando o limite de recuperação do organismo. Esses excessos de tensão muscular podem resultar na diminuição do movimento, em nódulos no interior da musculatura e em pontos gatilhos (trigger point), dando-se a dor miofascial. 

A síndrome da dor miofascial é uma afecção que acomete os músculos, fáscias, ligamentos, tecidos pericapsulares, tendões e bursas; principalmente na região cervical, cintura escapular e lombar. Tem uma relação estreita com a disfunção temporomandibular. É comum em mulheres na faixa etária dos 30 a 50 anos, sobretudo as sedentárias, coincidindo com o auge de sua atividade produtiva. 
Para diagnosticar e tratar a dor miofascial é importante identificar o(s) ponto(s) gatilho. Trata-se de um ponto palpável hiper-irritado no músculo esquelético associado a um nódulo sensível, que pode produzir dor à distância (dor referida). Normalmente, a dor referida se relaciona com o grupo muscular afetado e segue o padrão de inervação medular segmentar. 

Os pontos gatilhos podem ser ativos ou latentes. O ponto latente é mais comum, reconhecido pelo paciente apenas quando estimulados, induzem à limitação de movimentos, fraqueza do músculo em questão e predispõe à crises de dores agudas. Já o ponto gatilho ativo a dor referida pode se manifestar sem dígito de pressão, podendo durar alguns segundos, horas ou dias. Caracteriza-se por ser uma dor profunda, dolorida, de queimação ou às vezes superficial. Quando o ponto gatilho é ativo e latente causa disfunção e incapacidade. 

Devido ao ponto gatilho a função muscular é prejudicada, já que a banda de tensão restringe seu alongamento. Ainda, esse ponto irritado determina a diminuição da coordenação motora devido aos distúrbios de excitação e condução nervosa dos motoneurônios, vetando a sincronia da contração dos músculos sinergistas. A fraqueza muscular também se relaciona com a inibição neural central que inibe a atividade muscular local, ainda que não demonstre hipotrofia. 

O surgimento do quadro doloroso normalmente se relaciona com mecanismos recentes ou remotos, como fadiga e estresse, distúrbios emocionais, sobrecarga aguda, disfunções articular, traumas, radiculopatias, assimetria esquelética, alterações posturais, maus hábitos de vida e sedentarismo. Ainda, se mostram mantenedores desta síndrome, o tônus simpático aumentado, insuficiências metabólicas e endócrinas, vitamínicas e de minerais, distúrbios do sono, alergias, doenças viscerais, infecções virais ou bacterianas ou inclusive por outro ponto gatilho. 

Acredita-se que esses desencadeantes estimulam a medula espinhal determinando uma resposta motora muscular de contratura surgindo o ponto gatilho, sobretudo pela reverberação desse estímulo e resposta. As dores referidas, bem como sua cronicidade seguem o mesmo estímulo direto. 

Há teorias que defende outras hipóteses como causa desses pontos gatilho. Destacam a teoria da crise energética e a teoria dos botões sinápticos disfuncionais. A primeira defende que há liberação de cálcio pela ruptura do retículo sarcoplasmático, conduzindo a uma contração muscular sustentada quando em contato com as proteínas contráteis. A segunda teoria acredita que por algum motivo os botões sinápticos libera catecolaminas em excesso, despolarizando a membrana pós-sináptica, resultando na contração local sustentada. Estas duas teorias são consideradas a hipótese de que a circulação sanguínea estaria deficitária, já que no estado normal reverteriam os processos citados. 

Vale destacar alguns fenômenos autonômicos de associação à síndrome, tais como vasoconstrição localizada, sudorese, lacrimejamento, salivação e piloereção. Relações com o ponto gatilho destaca-se as alterações proprioceptivas como desequilíbrio, tonturas, percepção alterada do peso carregado. Além de zumbido e dor no ouvido, sintomas oculares, vertigem, enxaqueca, a cefaléia tensional, disfunções temporomandibular, cervicalgias, lombalgias, dor pélvica e nos ombros, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, lesões pós traumáticas. Ainda, é importante citar processos de envelhecimento como a degeneração estrutural dos ossos, articulações e flexibilidade miofascial, que também estão em conjunto com a síndrome. 

O diagnóstico é clínico e depende de uma anamnese minuciosa e de exame físico detalhado para identificar os pontos gatilho ativos e latentes bem como a dor referida. Ainda não existe exames estabelecidos como padrão ouro para a avaliação da síndrome dolorosa miofascial, tão pouco há evidências científicas que sustentem o uso da termografia ou ultrassonografia para o diagnóstico da mesma. Assim, também se trabalha com o diagnóstico por exclusão. 

Uma vez identificado os pontos gatilhos é possível utilizar técnicas para desativá-los. As terapias manuais, osteopáticas e alongamentos costumam auxiliar. A compressão isquêmica até a eliminação do ponto mostra-se eficaz, porém dolorida. Ainda, existem procedimentos mais invasivos como acupuntura, agulhamento e infiltração de toda a banda tensa do músculo afetado até o tendão. 
O sucesso do tratamento também se relaciona com o exercício físico, que além do condicionamento físico, ainda proporciona benefícios psicológicos, bem estar e socialização. 

O PILATES se mostra muito eficaz nos quadros de dores miofasciais, pois além de aliviar os sintomas, as causas mais comuns que conduzem à síndrome também estarão sendo tratadas; uma vez que o método se embasa na respiração controlada, consciência corporal e condicionamento postural. 
Através de exercícios direcionados, específicos e individualizados é possível aprimorar a força, resistência à fadiga, a atividade mecânica dos músculos restabelecendo e expansão e comprimento isométrico dos músculos e tecidos superficiais. Além disso, a amplitude articular e a flexibilidade são otimizadas, ajudando a romper as contraturas dos sarcômeros envolvidos. 

O ideal seria a incorporação do Pilates direcionado (incluindo alongamentos) com técnicas de terapias manuais (massagem tecidual), técnicas de liberações ou inativações miofasciais, como as massagens transversas profundas e zona reflexa, seguidas de contrações isométricas visando o trofismo muscular. Ou ainda, as ténicas Shiatsu, Rolfing, John Barnes, miofasciterapia, entre outras. Existem relatos de auxílio ao tratamento e prevenção do quadro doloroso quando se insere exercício aeróbio à rotina do paciente. 

Vale ressaltar que a colaboração do paciente, através da educação e responsabilidade, além da parceria com a equipe multidisciplinar é primordial para tratar, identificar e modificar as causas, uma vez que o problema se relaciona com aspectos biopsicossociais do paciente.

Fonte: Flexus Pilates

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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Dor no quadril: qual o momento certo para procurar ajuda médica?




A dor no quadril é aquela que acomete quaisquer articulações da região ou em suas proximidades. Em alguns casos, a dor originária nos quadris nem mesmo é sentida nele, mas em outras áreas, como coxa e virilha. De igual modo, determinada reação dolorosa que acomete o quadril pode ser originária em outro local e não nele, é o caso, por exemplo, de problemas na coluna, cujas dores podem irradiar para o quadril.

Embora qualquer pessoa esteja suscetível ao surgimento de dor no quadril, ela afeta, principalmente, pessoas acima de 40 anos de idade e os praticantes de esportes de impacto.

Doenças mais comuns que acometem o quadril

Principais causas da dor no quadril

– Lesões no quadril;

– Bursite;

– Artrite;

– Tensão/torsão;

– Infecção;

– Tendinite de esforço repetitivo.

Quando a dor no quadril requer uma atenção especial?
Algumas características podem indicar quando a dor no quadril surge com efeitos mais graves, é o caso de:

– Dores causadas por quedas sérias;

– Baixa mobilidade do quadril;

– Dificuldades para suportar pesos sobre a própria perna;

– Deformações na perna que chega a sangrar;

– Manifestação de dores com febre;

– Reação dolorosa que não alivia mesmo com o uso de tratamentos domésticos.

Tratamento para dor no quadril

Para tratar corretamente a dor no quadril é necessário identificar sua causa exata, o que permitirá um direcionamento específico do tratamento e resultados eficazes. Embora algumas dores na região sejam mais simples e com alívio relativamente rápido, qualquer dor no quadril deve sempre ser investigada para o tratamento correto da causa.

O atendimento exclusivo e personalizado realizado na Clínica Fisiobeauty viabiliza o tratamento das mais diversas patologias do quadril e pode ser direcionado a todos os públicos, possibilitando maior qualidade de vida.