sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Carboxiterapia




Trata-se de uma técnica nova, simples e comprovada .O tratamento utiliza o CO2 - anidro-carbônico, um gás atóxico, não embólico e presente normalmente em nosso corpo como intermediário do metabolismo celular. O CO2 puro medicinal é o mesmo utilizado em cirurgia videolaparoscopica (para promover a dilatação abdominal), histeroscopia e como contraste em arteriografias.

Como a Carboxiterapia é realizada?


A Carboxiterapia é um método não cirúrgico onde o CO2 é infiltrado no tecido sub-cutâneo através de uma agulha fina (como a de insulina). A partir do ponto de injeção o gás se difunde rapidamente para as áreas adjacentes.

Como e quando surgiu?

Desenvolvida na França nos anos 30 e liderada pelo Dr. Jean Baptiste Romuef através de um estudo de aproximadamente 20 anos. Desde então, vem sendo amplamente utilizada em várias áreas da medicina.


Quais as indicações do uso da Carboxiterapia?
 











A Carboxiterapia é atualmente utilizada para o tratamento da celulite, da flacidez cutânea, das adiposidades localizadas, de estrias e de cicatrizes inestéticas, além de ser um tratamento complementar à lipoaspiração.

Como funciona?

O gás carbônico é normalmente encontrado em nosso organismo. Em situações de repouso nosso corpo produz cerca de 200 ml/min do mesmo, aumentando em até 10 vezes frente a esforços físicos intensos. A ação farmacológica do anidro carbônico sobre o tecido é promover uma vasodilatação local, com conseqüente aumento do fluxo vascular e da pressão parcial de oxigênio (pO2), havendo redução da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, resultando em maior quantidade deste disponível para o tecido. Isto resulta na melhora da micro-circulação, da oxigenação dos tecidos (potencialização do efeito Bohr. Uma maior circulação sanguínea significa maior fluxo de oxigênio. O aumento do oxigênio é importante pois elimina a formação de fluidos entre as células. O resultado é um menor número de células gordurosas e um subcutâneo mais firme. Quando aplicado em camada mais superficial estimula a síntese de elastina e de colágeno contribuindo para a retração da pele que passará a ter melhor qualidade estética.


Quais são os possíveis efeitos colaterais?
Possíveis efeitos colaterais limitam-se a dor durante o tratamento, pequenos hematomas decorrentes da punção e sensação de crepitação no local e o aumento da pressão parcial que desaparece, em média, em até 30 minutos.Não é necessário fazer repouso ou qualquer outro tipo de precaução, já que você poderá retornar às suas atividades normais ao fim de cada sessão.

Quantas sessões são necessárias?

É possível notar a pele mais saudável, enrijecida e a redução de alguns centímetros nas medidas, normalmente, a partir da quinta a oitava sessão. O tratamento inclui de 10 a 20 sessões, divididas em uma ou duas vezes por semana. A sessão dura de 15 minutos a 30 minutos, dependendo da região.

Silicone: Saiba como a prótese é colocada, os riscos e a recuperação!!!

Antes de querer turbinar os seios, saiba tudo sobre o procedimento, desde como a prótese de silicone é colocada até os cuidados que devem ser tomados para se recuperar bem

Texto Bárbara Rossi | Adaptação Ana Araujo
Prótese de silicone: riscos e pós-operatório
Prótese de silicone: riscos e pós-operatório
Foto: Shutterstock
As próteses de silicone foram criadas em 1962 e a americana Timmie Jean Lindsey foi a primeira a recebê-las com o intuito de aumentar o tamanho dos seios. Cinquenta anos depois, esse tipo de cirurgia se tornou a segunda mais realizada em todo o mundo, perdendo apenas para a lipoaspiração. Hoje, no Brasil, mais de 185 mil mulheres recorrem às próteses de silicone para exibir um decote mais recheado. 
Por onde a prótese de silicone é colocada?
Parte inferior do seio – o corte é feito no sulco abaixo da mama. “É o método mais utilizado pelos cirurgiões por ser o menos agressivo e causar menos sangramento”, afirma Acrysio Peixoto, cirurgião plástico (RJ). A desvantagem é que a cicatriz fica mais evidente, sendo pior ainda para quem tem tendência a queloide.
Aréola – o corte é feito em formato de meia-lua, na borda inferior da aréola. A diferença de coloração entre essa parte do seio e da pele ajuda a camuflar a cicatriz, tornando-a imperceptível. As desvantagens são poder haver comprometimento da sensibilidade no local e, pelo corte, também atingir as glândulas mamárias, aumentando o risco de contaminação.
Axila – A cicatriz fica super escondida e o local tem pouca incidência de queloide. O lado ruim é que a via de acesso da axila até os seios é mais complicada, o que torna difícil a colocação de próteses grandes ou das que têm formato anatômico (por serem assimétricas). 

Abaixo da glândula mamária –
 é o local onde a maioria das mulheres opta para comportar o implante. “O método oferece recuperação mais rápida e com menos dor”, garante Acrysio Peixoto. No entanto, por se tratar de uma região mais superficial, as bordas da prótese podem ficar aparentes, principalmente em mulheres muito magras ou com seios naturais pequenos, causando um efeito artificial.Onde a prótese de silicone fica?
Abaixo do músculo peitoral – “Por ser colocada mais profundamente no corpo, as bordas da prótese somem e o resultado é mais natural. Por isso, é a técnica mais indicada para quem tem seios pequenos”, fala Eduardo Sucupira. O método também oferece menos chances de contratura capsular, um dos riscos desse tipo de cirurgia. A recuperação não é tão tranquila. Nos dias seguintes à cirurgia, a dor é intensa e a paciente demora cerca de um mês para voltar às atividades de rotina.  
Abaixo da fáscia – o tecido fininho, que fica entre a glândula e o músculo peitoral, ajuda a cobrir a prótese e deixá-la menos aparente. Porém, por se tratar de uma camada super delicada, a cirurgia exige mais técnica e é mais difícil de ser realizada. É o método menos utilizado.
Depois da cirurgia 
Geralmente, é preciso permanecer no hospital em observação entre 12 e 24 horas. “Depois de mais ou menos 15 dias, retiramos os pontos e, aí, a paciente já pode voltar ao trabalho, mas sem carregar peso ou fazer muito esforço”, alerta Acrysio Peixoto. É normal que a região fique inchada por cerca de 30 dias. A volta às atividades físicas deve ser gradual. Depois de um mês, exercícios leves e que não movimentem os braços (como, por exemplo, uma caminhada) estão liberados. Mas nem pense em malhar com peso nos primeiros seis meses!  
Conheça os riscos da prótese de silicone
O mais comum é a contratura capsular. Ao receber o implante de silicone, o organismo desenvolve uma espécie de cápsula em volta dele, por se tratar de um corpo estranho. O problema é quando essa cápsula endurece, pressionando a prótese, deformando-a e causando bastante dor. Em alguns casos é necessário até refazer a operação e trocar a prótese. Apesar de a incidência desse problema ser baixa (apenas cerca de 3% das pacientes sofrem com ele), não existe forma de prevê-lo e se precaver.

Drenagem Linfática no Pós-operatório: Conheça os benefícios!!

A drenagem linfática é uma grande aliada das mulheres no pós-operatório. Veja de que forma a técnica pode contribuir para o sucesso de uma cirurgia

Reportagem: Monique Zagari Garcia
drenagem-linfatica
A drenagem linfática ajuda na reabsorção de hematomas e,
consequentemente, diminui o risco de infecções secundárias
Foto: SXC 
Manter alguns cuidados após a realização de uma cirurgia é fundamental para que obtenha os resultados desejados. E é aí que a drenagem linfática entra como grande aliada da mulher. Como? “Após uma cirurgia, a pessoa normalmente retém uma quantidade de líquido maior do que o corpo consegue drenar, e por isso a drenagem linfática é necessária a fim de reduzir a retenção hídrica, melhorar a circulação sanguínea e até mesmo aliviar as dores. A massagem também auxilia na remoção de hematomas, redução de fibrose, acelera o processo de cicatrização e recuperação pós-operatórioaumentando a hidratação e nutrição celular”, explica Mariana Moraes, fisioterapeuta dermato-funcional do Zahra Spa & Estética.
drenagem linfática é indispensável em casos de lipoaspiração e abdominoplastia, já que, como mencionado, é importante que a técnica ative a circulação, pois as células e placas podem ficar paradas na região abdominal devido à cirurgia, causando inchaço e deformidade. “No entanto, a drenagem linfática também é indicada em casos de mamoplastia, hidrolipoaspiração, blefaroplastia, rinoplastia, ritidoplastia, mastectomia total ou parcial e cirurgias de prótese de silicone”, destaca Alan Landecker, cirurgião plástico do Hospital e Maternidade São Luiz (SP).

Segundo a fisioterapeuta Mariana, é fundamental a avaliação de um profissional qualificado para determinar quantas sessões serão necessárias. “A quantidade pode variar de acordo com cada metabolismo, mas geralmente inicia-se comdez sessões e conclui-se o tratamento assim que a paciente esteja totalmente recuperada dos edemas e hematomas”, afirma. A drenagem pós-cirúrgica deve ser feita no corpo todo para estimular a circulação linfática geral. Na área operada, o trabalho deve ser mais detalhado e direcionado, de maneira lenta e delicada com o intuito de diminuir o processo inflamatório provocado pela cirurgia. De acordo com o cirurgião plástico Thomas Benson (SP), cabe ao cirurgião definir quanto tempo a pessoa deve esperar para iniciar assessões. “O tempo de espera pode variar de acordo com o procedimento, porém, em casos de lipoaspiração, por exemplo, deve-se iniciar o quanto antes, assim que a paciente suportar uma manipulação local, o que acontece geralmente após quatro ou cinco dias”, completa Adriano Romiti, cirurgião plástico do Hospital São Camilo (SP).
Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/corpo-e-rosto/cirurgia-plastica/drenagem-linfatica-no-posoperatorio-conheca-os-beneficios/3223#

Fototipos de Pele

A pele pode ser classificada de acordo com a sua cor e sensibilidade ao sol. Atendendo à quantidade e tipo de melaninas produzidas o dermatologista T. Fitzpatrick criou uma tabela que é referência a nível mundial.

Tabela de Fitzpatrick: Classificação baseada nos primeiros 30 a 45 minutos ao sol no Verão, sem estar previamente bronzeados.

Tipo de PeleReaçãoSensibilidade ao Sol
ISempre queima, nunca bronzeia (pele muito clara)Muito sensível
IISempre queima, bronzeamento mínimo (pele branca)Sensível
IIIQueima moderadamente, bronzeia discretamente (morena clara)Normal
IVQueima o mínimo, sempre bronzeia bastante (pele morena – bronzeado castanho)Normal
VRaramente queima, bronzeia intensamente (pele morena escura)Pouco sensível
VINunca queima, pigmentado intenso (pele negra)Nada sensível






Hiperpigmentação

A melanogênese é influenciada por fatores endógenos e exógenos que podem conduzir a uma superprodução localizada de melanina, traduzindo-se em manchas hipercrômicas.

Fatores que influenciam a melanogênese:
  • Radiação UV – está demonstrado que uma pele exposta à RUV contém maior número de melanócitos de maior tamanho e aspeto alterado relativamente à pele não exposta;
  • Predisposição genética;
  • Medicação (antibióticos, anticoncepcionais);
  • Cosmética fotossensibilizante;
  • Hormonais (gravidez, menopausa, hipertiroidismo);
  • Processo inflamatório e cicatrização;
  • Infeções (micoses e vírus);
  • Alimentação  e suplementos
 As manchas resultam de uma hiperatividade dos melanócitos ou de um aumento do número dos mesmos e podem traduzir-se sob diferentes tipos:

Lesões hiperpigmentadasCaracterísticas
Efélides (Sardas)Pequenas manchas arredondadas, geneticamente determinadas, que agravam com exposição solar continuada. Mais frequente em fototipos baixos. Os melanócitos são normais em número mas de maiores dimensões e com mais dendrites.
Nevos (Sinais)Máculas bem demarcadas, com grande variabilidade de tamanho, espessura e cor. Ocorrem em qualquer parte do corpo. Podem ser congênitos ou surgir em qualquer fase da vida. Resultam de acumulados de pigmento nos melanócitos grandes e sem dendrites, mais frequentemente na junção dermo-epidérmica e dérmica. Embora benignos, devem ser vigiadas alterações da sua morfologia, pois o melanoma pode derivar de um nevo.
Lentigo simples ou juvenilPequena mácula castanhas-escuras ou claras, independente da exposição solar, costuma surgir no nascimento ou na infância. Tem uma aparência similar a junção de nevos. Há um aumento de melanócitos e de melanina.
Lentigo senil/Melanose solarLesão benigna que se caracteriza por uma mácula pigmentada com tamanho de mm a 1cm, geralmente com bordos irregulares, com pigmentação homogênea ou variada, de superfície plana e deprimida. Podem ser lesões isoladas ou múltiplas, chegando a formar placas. Surgem em áreas expostas ao sol, estando associados ao fotoenvelhecimento e a fototipos baixos. São indicadores de risco para lesões neoplásicas, requerendo tratamento para evitar a sua evolução. Histopatologicamente há uma hiperplasia epidérmica e aumento da pigmentação na epiderme podendo existir com projeções para a derme.
MelasmaHipermelanose crônica adquirida, caracteriza-se por manchas castanhas escuras simétricas, de bordos irregulares, e coloração irregular com evolução progressiva na face. São mais frequentes nas zonas frontal e temporal e no buço. Há aumento de melanócitos nas camadas basais e suprabasais, com hiperatividade focal. Uma vez que os melanócitos tem receptores de estrogênios, a incidência é maior em mulheres em período fértil. Mais fototipos altos. Se surgir associado a uma gravidez, denomina-se cloasma.
Hiperpigmentação pós-inflamatóriaCaraterizada por hiperpigmentação levemente demarcada em áreas previamente inflamadas (exp: acne). Há um aumento do acúmulo de melanina na epiderme com ou sem aumento dos melanófagos dérmicos (macrófagos de melanina em torno dos capilares dérmicos).

Avaliação hiperpigmentação
A avaliação deve ser efetuada com recurso a lâmpada de Wood, que permite determinar a localização da hiperpigmentação, dérmica ou epidérmica. Esta avaliação permite decidir a profundidade do tratamento, bem como prognóstico.
No caso do melasma o índice MAIS (indicador de área e gravidade de melasma que avalia o melasma por áreas e atribui quantificação em função da pigmentação e homogeneidade) e o MelasQol (questionário de qualidade de vida em mulheres com melasma) têm-se revelado instrumentos de avaliação úteis.

Recursos Terapêuticos na hiperpigmentação
Os objetivos de tratamento da hiperpigmentação passam por excluir os fatores etiológicos, efetuar uma fotoproteção adequada, esfoliar, reduzir a melanina oxidada, neutralização de radicais livres, controlar a expressão e atividade da tirosinase.

Terapêutica sistêmica
  • Antioxidantes (Selênio, Vitaminas C e E)
  • Hidratantes (Omega 3, 6 e 9, ingestão de água)
  • Protetores (licopeneo, luteína, B-Caroteno)

Terapêutica local
  • Cosmética: Inibidores da melanogênese (ácidos kójico e fitico); Despigmentantes (Vitamina C); Esfoliantes (Ácido mandélico, Retinol); Hidratantes e regeneradores (Ácido lático); Antioxidantes (Vit C, E, resveratrol);Fotoproteção intensiva (filtros solares).
  • Eletroporação para penetração de princípios ativos com ação despigmentante;
  • Microdermoabrasão;
  • Peelings químicos (glicólico, mandélico, kójico, derivados de Vitamina A);
  • Laser;
  • Luz intensa pulsada.
Os nevos são lesões muito resistentes a tratamentos não-invasivos. Geralmente, o tratamento implica remoção cirúrgica.
O tratamento da hiperpigmentação pós-inflamatória requer especial atenção quando se utilizam procedimentos pró-inflamatórios, sob risco de induzir mais hiperpigmentação.

Câncer de Pele

Embora não seja função da Fisioterapia Dermato-funcional intervir diretamente no tratamento do cancro de pele, este deve estar preparado para suspeitar de determinada lesão e encaminhar o seu paciente para o médico.
O cancro da pele é o tipo de câncer mais frequente nos indivíduos de fototipos baixos. A exposição excessiva ao sol é considerada a causa em aproximadamente 90% dos casos.
O cancro de pele em função da células afetadas, divide-se em dois tipos: cancro não melanoma (carcinomas basocelular e espinocelular) e o cancro do tipo melanoma.
O carcinoma basocelular é considerado o cancro cutâneo mais comum e manifesta-se sob a forma de nódulo brilhante e rosado , de crescimento lento e rara metastização. Surge com mais frequência em áreas expostas ao sol, principalmente rosto e pescoço. Trabalhadores agrícolas, pescadores e trabalhadores da construção civil são os mais acometidos.
 
O carcinoma espinocelular é considerado mais agressivo e de crescimento mais rápido que o basocelular. Apresenta-se sob a forma de um nódulo com tendência a sangrar facilmente. Na maioria dos casos decorre de lesões pré-malignas como as queratoses actínicas  mas também pode derivar de cicatrizes, queimaduras ou úlceras crônicas. Pode originar metástases e atinge faixas etárias mais avançadas que o basocelular.
Lesão pré maligna – Queratose actínica: caracteriza-se por áreas avermelhadas ou ligeiramente acastanhadas com uma superfície áspera, queratósica.  Há resistência ao pregueamento por endurecimento da base. Potencialmente maligna.
O melanoma é o cancro mais letal e do mais agressivo de todos os cancros. Origina-se a partir dos melanócitos, e manifesta-se normalmente sob a forma de um nódulo ou mancha de cor negra, sobre pele sem lesão ou em nevus pré-existentes. Contrariamente ao cancro não melanoma não está relacionado a exposição crônica ao sol mas antes a exposições solares agudas e agressivas, frequentemente acompanhadas por escaldões. Com maior incidência em grupos etários jovens.
É fundamental ter atenção a sinais de alarme caraterísticos de uma lesão maligna e procurar um dermatologista. A suspeita deve cair sobre a lesão não típica dos nevos do restante tegumento (o sinal que se distingue dos outros). Deve ser prestada especial atenção a lesões atípicas que apresentem  a regra ABCDE.
A=assimetria (a forma do nevo é irregular, não redonda)
B=bordos irregulares (contorno irregular e mal definido)
C=cor (colorações diversas no mesmo nevo)
D=diâmetros (superiores a >6mm)
E=Evolução (alterações do relevo, da consistência, da cor ou do tamanho)
Também deve ser prestada atenção a lesões que apresentem prurido, inflamação, ulceração e hemorragia.

Envelhecimento Cutâneo


O envelhecimento ou senilidade é um processo natural que se inicia desde o nascimento, é resultante de alterações homeostáticas que levam a modificações fisiológicas em todos os órgãos e tecidos do corpo.
A pele enquanto órgão externo é a que mais rapidamente evidencia sinais do processo de envelhecimento, através de alterações macroscópicas da sua morfologia como enrugamento, flacidez, desidratação e hiper ou hipopigmentação que se tornam, mais evidentes a partir da terceira idade.
Genericamente são considerados dois tipos de envelhecimento: cronológico e ambiental.
Envelhecimento intrínseco ou cronológico é influenciado por fatores cronológicos, fototipo de pele, funcionamento endócrino, genética, fatores imunitários e vasculares.
Com o avançar da idade vão ocorrendo alterações orgânicas como menor funcionalidade do DNA e RNA, com diminuição da diferenciação celular, da síntese de   proteínas, hemoglobina e andrógenos, diminuição da contração muscular e redução da bioeletricidade celular, fatores que conduzem ao envelhecimento da pele.
Na epiderme verifica-se uma diminuição do número de células por camada, com aumento da permeabilidade da mesma. Ao nível da derme, decorrente de um desequilíbrio entre formação/degradação, ocorre degeneração de elementos celulares e extracelulares, como diminuição da diferenciação de fibroblastos, diminuição da produção de fibras de colágeno e elastina bem como de glicoproteínas e proteoglicanos.
As alterações orgânicas referidas levam a diminuição da atividade ganglionar, diminuição das trocas metabólicas por achatamento das papilas dermo-epidérmicas com endurecimento dos capilares e fibras de colágeno. A pele torna-se fina, seca e enrugada.
A perda de tecido adiposo e a perda de massa muscular decorrente do processo de envelhecimento associada à redução de atividade física, conduz a um agravamento dos sinais externos de envelhecimento. Por volta dos 80 anos, o individuo já perdeu aproximadamente 50% da massa muscular.
Também o excesso de mímica é um fator relacionado com o envelhecimento precoce, contribuindo para a instalação  de rugas de expressão.
Envelhecimento extrínseco ou ambiental - Associado a fatores como exposição solar, tabaco, stress, poluição, condições climáticas, hábitos alimentares e de sono, desordens emocionais e uso incorreto de cosméticos/medicamentos conduzem a um agravamento acentuado do envelhecimento biológico, devido ao efeito tóxico dos radicais livres, que destabilizam as moléculas do organismo, implicando alteração da atividade celular, com consequências nefastas como mutações e necroses.
As células, as proteínas bem como os componentes extracelulares como o ácido hialurônico da pele são frequentemente alvo da ação dos radicais livres, sofrendo a alterações morfológicas da pele como rugas profundas, manchas senis, queratoses actínicas, ou até mesmo a cancro da pele.
Rugas
A partir dos 30 anos começam a instalar-se os primeiros sinais de envelhecimento, devido a uma queda gradual do metabolismo basal, com acúmulo de gordura na camada subcutânea e perda da ação muscular, começando nesta década a instalar-se flacidez.
Posteriormente e por diminuição da atividade mitótica e diminuição da produção de sebo decorrente da queda das hormonas andrógenas próximo da menopausa a pele torna-se mais fina e seca, ficando mais suscetível ao aparecimento das rugas.
As rugas são formadas pela diminuição da espessura da epiderme, derme e camada subcutânea, bem como degeneração das fibras elásticas e colágenas da derme.  Têm como base as linhas de tensão da pele.
A avaliação clínica permite classificá-las como superficiais quando desaparecem com o estiramento da pele, são essencialmente decorrentes do envelhecimento cronológico ou caso contrário são classificadas como profundas, que se devem maioritariamente à exposição solar. Podem ainda ser classificadas como estáticas (estão sempre presentes), dinâmicas (surgem com a repetição do movimento) ou gravitacionais (resultantes de flacidez, culminando com ptose da pele por ação da gravidade).
As rugas não podem ser evitadas, embora existam medidas para preveni-las e minimiza-las.
Recursos terapêuticos no envelhecimento:
De todos os tratamentos existentes, a prevenção do fotoenvelhecimento através de fotoproteção é indubitavelmente o método mais eficaz;
  • Antioxidantes exógenos, vitaminas E, A e C, oligoelementos como o magnésio e o selênio  presentes em alimentos como vegetais neutralizam a ação dos radicais livres sobre moléculas normais;
  • Cinesioterapia e eletroestimulação, aumentando o metabolismo e oxigenação tecidular, permitindo prevenção da flacidez muscular;
  • Corrente russa facial;
  • Carboxiterapia
  • Peelings químicos;
  • Terapia de Indução de Colágeno (dermaroller);
  • Eletrolifting;
  • Radiofrequência;
  • Terapias trasdérmicas com princípios ativos anti-envelhecimento como Vitaminas A e C, oligoelementos, DMAE;
  • Procedimentos médicos (preenchimentos e lifting facial).

Hiperlipodistrofia - Gordura Localizada

A gordura corporal tem um papel fundamental no organismo. Tem como principais funções: reserva energética e de água, proteção de órgãos vitais contra choques e transporte de vitaminas lipossolúveis (A,D,E e K).
Os lípidos representam a principal fonte energética do organismo. Os triglicéridos (TG) encontram-se armazenados no tecido adiposo, no músculo esquelético e em menor percentagem no plasma.
Sempre que um indivíduo consome mais calorias do que gasta, a energia adicional é reservada sobre a forma de gordura. Em situações normais a reserva de gordura no organismo representa 15% e 25% do peso corporal nos homens e mulheres, respetivamente.
O tecido adiposo é o principal reservatório energético do corpo. É constituído por adipócitos, fibras de colágeno e elastina, células nervosas, células imunitárias, vasos sanguíneos, fibroblastos e pré-adipócitos.
Os mamíferos possuem dois tipos de adipócitos: os castanhos que estão praticamente ausentes no humano adulto. São essencialmente responsáveis pela produção de calor. Os adipócitos brancos, têm capacidade de armazenar triglicéridos e metabolizar os mesmos através de um complexo enzimático próprio.
O adipócito armazena gordura sob a forma de uma gota lipídica unitária que ocupa 85% do seu citoplasma, empurrando o núcleo para a periferia. Os adipócitos podem aumentar de volume até 60x, conforme quantidade de TG acumulados. Os adipócitos são células capazes de armazenar triglicéridos no seu citoplasma, sendo no interior destas células que ocorrem os mecanismos de Lipólise/Lipogênese.
Lipogênese/Lipólise
O tecido adiposo tem capacidade de armazenar, sintetizar e libertar ácidos gordos, consoante as necessidades do organismo, através das reações de lipólise (degradação de triglicéridos) e lipogênese (armazenamento de triglicéridos). Estas reações são fisiologicamente reguladas através do sistema nervoso autônomo. A inervação simpática, mediada por hormonas, estimula a lipólise via recetores β-adrenérgicos. Por outro lado, o sistema nervoso parassimpático estimula a captação de glicose e ácidos gordos pela insulina.
Os produtos resultantes da hidrólise de uma molécula de triglicérido são três mol. de ácidos gordos e uma de glicerol. O glicerol sofre metabolização no fígado, sendo utilizado como substrato para reações metabólicas (glicólise/gliconeogênese e lipólise). Os ácidos gordos ligam-se a albumina, que os transportam no meio extracelular para as células (músculos ou fígado) que necessitam de energia. Uma vez nas células, os ácidos gordos são oxidados em acetil-coA, permitindo produção de ATP para manter a função celular. Sem carnitina não há degradação de ácidos gordos, pois é ela que promove a passagem destes para a mitocôndria. Os ácidos gordos podem ser recaptados pelo adipócito para originarem novamente TG.
Hiperlipodistrofia
De acordo com a primeira lei da termodinâmica (lei de conservação de energia), todo o excesso de energia proveniente da alimentação, incluindo gordura, hidratos de carbono e proteínas é armazenado sob a forma de triglicéridos. O termo lipodistrofia refere-se a uma distribuição anormal da gordura corporal. A mais frequente é por aumento de tecido adiposo em determinada região corporal ou como é mais conhecida “gordura localizada”.
As áreas acometidas podem variar em função do gênero, sendo que nos homens costuma ter uma localização mais abdominal, e nas mulheres acumula-se mais na região gluteo-femoral, por representarem áreas de menor atividade metabólica.
Fatores etiológicos:
  • Genéticos (baixa produção de lipase);
  • Emocionais (stress, ansiedade e depressão);
  • Ingestão excessiva de calorias e sedentarismo;
  • Hormonais (disfunções tireoide; Diabetes Mellitus anticoncepcional hormonal).
Na avaliação da lipodistrofia é importante ter em conta alguns parâmetros, como:
  • IMC (relação peso-altura);
  • Bioimpedância;
  • Plicometria (medição de dobras cutâneas);
  • Medidas de circunferências
Podemos classificar o quadro de lipodistrofia quanto à localização (abdômen, coxas, glúteos, braços) e tipologia (ginóide/andróide).
Recursos terapêuticos na hiperlipodistrofia:
Num quadro de gordura localizada os objetivos de tratamento deverão passar por promover lipólise e melhorar reafirmação.
  • Orientação nutricional e para pratica de exercício físico;
  • Carboxiterapia
  • Manthus
  • Transdermoterapia com ativos lipolíticos (massagem, envolvimentos, mesoterapia, eletroporação, microneedling, ionização, fonoforese);
  • Hidrolipoclasia ultra-sónica;
  • Eletrolipólise;
  • Eletroestimulação;
  • Termoterapia;
  • Ultra cavitação;
  • Radiofrequência;
  • Vacuoterapia;
  • Cirurgia (volumes muito grandes).