terça-feira, 12 de janeiro de 2016

UM OLHAR FISIOTERAPÊUTICO SOBRE AS FÁSCIAS



Fáscia são superfícies de tecido conjuntivo, dispostos no corpo humano em camadas. Elas envolvem e separam os ossos, músculos e órgãos, preenchendo espaços e dão unidade à estrutura, ao mesmo tempo em que criam as condições necessárias a que cada segmento do corpo funcione de maneira adequada.
Flexibilizar os tecidos, descolar as camadas umas das outras e reposicioná-las, reduzindo as torções e os encurtamentos observados no corpo, estão entre as principais tarefas empreendidas nesse processo.
No final, esperamos encontrar conjuntos de fáscia e músculos dotados de mais e melhor plasticidade – o que favorece as trocas metabólicas e promove a saúde. Além disso, uma estrutura corporal mais bem organizada está também mais receptiva à experiência sensorial, base física da propriocepção e do autoconhecimento.
É comum pensar o corpo apenas em termos de ossos, músculos e nervos. Para facilitar a compreensão do que é e qual a importância da fáscia no corpo humano, Ida Rolf evocou a imagem de uma laranja. Nessa fruta, a “fáscia” seria a película que forma, separa e ao mesmo tempo une cada um de seus gomos. É ela que cria as condições estruturais que dão forma à laranja – e nos permite reconhecê-la como tal.
No corpo humano, a fáscia tem a mesma função, com a diferença básica de que o corpo humano é uma estrutura viva em constante movimento.
Com relação ao que se diz sobre a fáscia muscular, existem várias técnicas que levam a sua liberação sob diferentes aspectos.
Ou seja, miofascial significa fáscia muscular ou fáscia que envolve os tecidos musculares.
Liberação miofascial é uma técnica altamente especializada utilizada por fisioterapeutas para tratar pacientes com uma variedade de problemas de tecidos moles.
Quando as fibras musculares são lesadas, as fibras e as fáscias ao seu redor tornam-se curtas e tensas. Este stress desigual pode ser transmitido através da fáscia para outras partes do corpo, causando dor e uma variedade de outros sintomas em lugares não esperadas. Liberação miofascial trata esses sintomas aliviando a tensão desigual na fáscia lesionada.
Em outras palavras, liberação miofascial é o alongamento da fáscia. Pequenas áreas de músculo são tratadas a cada movimento. Por vezes, o terapeuta utiliza apenas dois dedos para estirar uma pequena parte de um músculo. O feedback que o terapeuta sente determina que músculos sejam alongados e em que ordem.
A aplicação da técnica de liberação miofascial baseia-se sempre nos mesmos componentes. O fisioterapeuta encontra a área de tensão. Um alongamento é aplicado à área contraturada. O fisioterapeuta espera o tecido relaxar e, em seguida, aumenta o alongamento. O processo é repetido até que a área esteja totalmente relaxada. Em seguida, a próxima área é tratada.
O terapeuta encontra pontos doloridos apenas pelo tato. Muitas vezes, os pacientes são incapazes de identificar alguns pontos doloridos ou que estão acostumados a viver com eles até o fisioterapeuta encontra-los. São os pontos gatilhos miofasciais. O tamanho e a sensibilidade desses pontos doloridos vão diminuindo com o tratamento.
A maioria dos pacientes fica surpresa como a liberação miofascial é suave. Pode ser extremamente relaxante. Alguns pacientes chegam a adormecer durante o tratamento.
Liberação miofascial não é massagem. Liberação miofascial é usada para equalizar a tensão muscular em todo o corpo. Tensão muscular desigual pode contrair músculos e comprimir nervos, causando dor. Soltando e manipulando as aderências da fáscia e devolvendo-lhe a sua elasticidade e flexibilidade perdidas consegue-se eliminar dores sejam elas crônicas ou não, do tipo dores miofascias.
O progresso é medido por uma diminuição na dor do paciente e por uma melhoria na postura geral.

Quem pode se beneficiar de liberação miofascial?

Vítimas de acidentes, traumatismos, infecções e muitas outras situações que criam alterações na estrutura fascial que acabam por resultar em dores.
A Liberação miofascial demanda tempo e atenção individualizada. Tratamentos mais tradicionais de fisioterapia que são menos trabalhosos podem ser tentados antes de se optar pela técnica de liberação miofascial.
Liberação miofascial é altamente eficaz no tratamento de pacientes com os seguintes diagnósticos:
  • Dores causadas por lesões do tipo golpe em chicote do pescoço
  •  Dor cervical crônica
  •  Dor de cabeça
  •  Alguns tipos de tonturas e vertigens
  •  Disfunção com dor na ATM
  •  Dor ao longo da coluna torácica
  •  Tensão lombar
  •  Dor lombar crônica
  •  Síndrome do desfiladeiro torácico 
  • Queixas de dores complexas pelo corpo
  •  Fibromialgia
  •  Fibrose
  •  Disfunção com dor miofascial
  •  Fasceíte plantar
  • Sintomas pós-pólio
  •  Pontos-gatilho
  •  Síndrome do túnel do carpo.

Fonte Clínica Deckers e GSI Brasil

Dor na região lombar


A zona lombar de nossas costas vai da L1 a L5. É uma parte muito exposta a inflamações das vértebras, que podem traduzir-se também em dor ciática e, inclusive, afetar órgãos como os rins ou a bexiga.
  • Esta parte do nosso corpo, além de ser afetada pelo desgaste e pelas más posturas, é também afetada por emoções relacionadas com os medos, a ansiedade ou mesmo com a pressa.
  • É frequente em pessoas que se preocupam muito com os outros e se descuidam delas próprias. Passam muito tempo de pé, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo, enquanto têm a sensação que não vão conseguir fazer tudo, que não vão acabar bem, que não têm tempo para si mesma.

No final sentem como se tivessem as costas quebradas ao meio. A dor nas costas é um problema que devemos aprender a tratar, levando, primeiro, uma vida mais relaxada, onde nos priorizemos, e tomando sempre em consideração os conselhos dos médicos e especialistas.
Estabeleça um equilíbrio adequado em sua vida, cuidando ao máximo do seu mundo.
Não se esqueça de fazer, todos os dias, exercícios suaves e harmônicos e de consultar com profissionais da saúde, para que as dores nas costas não afetem sua qualidade de vida.
Para isso o Pilates é perfeito, promovendo alívio e cura de dores, melhorando e corrigindo posturas erradas, fortalecendo a musculatura de maneira global e equilibrada, proporcionando um corpo forte, belo e saudável!!

Dor na região torácica


É a chamada região dorsal, que vai desde a T1 até a T12, e que acolhe grande parte das nossas costas, a área torácica e o coração.  É uma região muito relacionada com as emoções.
De que forma as emoções afetam esta parte de nossas costas? É fácil de entender e, certamente, que alguns destes aspectos serão familiares:
  • Uma pessoa deprimida, desanimada ou triste tende a manter o olhar para baixo e um eixo corporal inclinado.
  • A atividade física se torna limitada, passamos muito tempo sentados, com o pescoço projetado para frente e com o diafragma não funcionando com a agilidade que deveria.
  • Tudo nos pesa, a respiração se torna mais lenta, a circulação do sangue não é a mais adequada e é muito provável que sintamos dor de cabeça, dor de estômago ou pressão no peito.
Tudo isso deriva desse eixo postural incorreto e dessa sobrecarga na região dorsal. É importante produzir movimento no nosso corpo: sair para passear, tomar sol, etc.
Fornecer equilíbrio às nossas costas e desabafar nossas emoções negativas são  fatores chaves para combater a dor nesta região torácica.

Dor na região cervical - Como nossas emoções afetam as costas?





A dor nas costas não se concentra só na zona lombar. Um dos problemas mais comuns está relacionado com as dores localizadas nas cervicais.

As vértebras cervicais vão desde a C1 até a C7, e a primeira de todas elas recebe o nome de Atlas por ser o suporte da cabeça e aquela que nos proporciona o equilíbrio.

Para que exista bem-estar na região das cervicais é necessário equilíbrio e harmonia de movimentos. É uma zona que precisa sempre de uma flexibilidade muscular adequada para que não surjam problemas.

Esta região cervical é a mais afetada pelo estresse laboral e pelas preocupações. É um tipo de estrutura musculoesquelética superior que se vai ressentir, principalmente, pelo trabalho diário e pelas ansiedades menos intensas e específicas de seus dias.

Para combater este tipo de dor, vale a pena se mentalizar de que todas as manhãs precisa enfrentar o dia com mais calma e equilíbrio.

O ideal é realizar exercícios suaves e harmônicos mexendo a cabeça em círculos, e  repetindo o mesmo, depois, com seus ombros.