segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO PÓS-MASTECTOMIA




No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres, mas, quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de tratar o problema. A cirurgia de retirada de mama (mastectomia) é o método mais tradicional de tratamento, porém existem complicações que surgem após a cirurgia como: diminuição da amplitude de movimento, diminuição da função, linfedema, fibrose na cicatriz e dor no ombro do mesmo lado onde a cirurgia foi realizada.


A fisioterapia é fundamental na reabilitação pós-mastectomia e o atendimento precoce não evita o aparecimento de complicações, mas possibilita que a resolução seja mais fácil e rápida. É importante que seja realizada uma avaliação fisioterapêutica durante o período pré-operatório, pois devem ser observadas alterações já existentes para que após a cirurgia seja possível definir o que é consequência da mastectomia e o que é pré-existente.

Na fase pós-operatória, os objetivos principais do atendimento fisioterapêutico serão:

  •  Evitar ou tratar contraturas musculares;
  •  Prevenir ou minimizar linfedema;
  •  Prevenir complicações circulatórias e respiratórias;
  •  Evitar aderências cicatriciais;
  •  Evitar ou tratar desvios posturais;
  •  Alivio da dor;
  •  Prevenir a limitação de movimento do membro do mesmo lado da cirurgia.

Cada paciente deve ser avaliado individualmente para que seja definido quando começar a reabilitação. No primeiro dia de pós-operatório, a função do fisioterapeuta é posicionar a paciente no leito, adequadamente, principalmente o membro superior do lado operado. Já no segundo dia, inicia-se a drenagem linfática e as mobilizações restritas. Os exercícios respiratórios devem ser iniciados precocemente, para manter as funções da musculatura respiratória e prevenir complicações pulmonares.

No linfedema existe edema e inflamação e é a alteração mais comum em pacientes mastectomizadas e, na verdade, é uma reação normal do organismo. Geralmente surge após 3 meses de cirurgia, mas pode aparecer anos depois. Ele é caracterizado por uma diferença no tamanho da circunferência dos membros superiores. Quando a diferença encontra-se a partir de 1-1,5 cm já é caracterizada linfedema.

Para tratar o linfedema tem se utilizado com eficácia a terapia física complexa (TFC) quando o paciente não apresenta outras complicações como linfangite e fibrose. A TFC consiste em quatro procedimentos que são:
  •  Drenagem linfática manual;
  •  Compressão do membro;
  •  Exercícios miolinfocinéticos;
  •  Cuidados com a pele.

É muito importante que o fisioterapeuta que for realizar a drenagem linfática conheça bem a técnica e o tipo de cirurgia que foi realizada, pois isso interfere diretamente no manuseio da técnica.

Os exercícios miolinfocinéticos são realizados através de contrações musculares concomitantemente com o uso da compressão do membro, através de um enfaixamento feito pelo terapeuta, logo após a drenagem linfática. O cuidado com a pele requer monitorização constante para estar atento ao aparecimento de lesões. É necessário lavar o membro e o local operado com água e sabão, sistematicamente, para prevenir complicações infecciosas. A hidratação do membro e da região mamária também é muito importante.

O tratamento consiste em duas fases e todos os procedimentos são realizados em ambas, porém na fase I, descongestiva (diminuição de edema) a frequência é maior. A fase II é um período de manutenção e prevenção de alterações a longo prazo.


É muito importante que durante a reabilitação sejam feitos exercícios que trabalhem a amplitude de movimento do membro superior, pois fazem a manutenção da mobilidade, nutrição articular, prevenção de aderências teciduais e contraturas. Além de contribuírem para a inibição da dor e a melhora da circulação sanguínea que ajuda a prevenir tromboses sanguíneas, diminuem a progressão de atrofia muscular, mantêm a contratilidade da musculatura e contribuem para a melhora do estado psicológico e emocional.

Como podemos ver, a atuação do fisioterapeuta na recuperação após a cirurgia de mastectomia é muito importante e, hoje, conta com tratamentos eficazes e com comprovação científica de que realmente ajudarão as pacientes que passarem por este tratamento complexo contra o câncer de mama.

Fonte: Clube corpo e mente

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