segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Síndrome do Desfiladeiro Torácico




A Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT) ocorre devido à compressão neurovascular.

E o que isso significa?

Quer dizer que nervos (neuro) e vasos sanguíneos (vascular) são comprimidos causando os sintomas.

Por ser uma síndrome, pode-se dizer que existem diferentes causas que levam a esse mesmo quadro, e uma somatória de diferentes sintomas.

Mas a quais nervos e vasos se refere essa síndrome?

Ela se refere às estruturas presentes no chamado desfiladeiro torácico, que é a região entre a primeira costela e a clavícula – esta pode ser palpada do ombro ao centro do corpo, em ambos os lados do pescoço.

Aí também se encontram os músculos escalenos e o músculo peitoral.
Dentro dessa região passa um importante conjunto de nervos que vem da lateral do pescoço, chamado plexo braquial, assim como a artéria subclávia e a veia de mesmo nome.

Se essas estruturas forem afetadas, a síndrome poderá se fazer presente. Uma síndrome de desfiladeiro comum e conhecida é o túnel do carpo.

Mas o que se sente?

Como na maioria das vezes os nervos são os mais acometidos, o que se sente é fraqueza nos braços, dor e formigamento principalmente no quarto e quinto dedos das mãos.

O comprometimento do fluxo sanguíneo pode causar inchaço e vermelhidão ou uma aparência azulada na pele, ou ainda uma sensação gelada nos braços; também pode se tornar difícil realizar atividades que exijam a elevação dos membros superiores.
E o que pode causar essa condição?

Principalmente alterações de postura ou anatômicas, como a presença de uma pequena costela extra, na região do pescoço, alterações musculares, como o aumento do músculo (hipertrofia) que ocorre com atletas.

Dessa forma, algumas vezes a pessoa nasce propensa a isso e em outras ela pode adquiri-la  no decorrer da vida.
Quando esses sintomas se fizerem presentes, é importante procurar um especialista (neurocirurgião, cirurgião ortopedista ou vascular), que avaliará a necessidade de tratamento cirúrgico para o caso ou irá orientar o tratamento clínico, que pode ser feito com medicação sintomática e exercícios posturais (Fisioterapia).

Às vezes torna-se necessária a redução do peso e adaptar as atividades do dia a dia, inclusive no trabalho, a uma nova postura.

É importante manter em mente que pode demorar alguns meses até a melhora completa dos sintomas.

Fonte: Site Valéria Figueiredo