quarta-feira, 17 de maio de 2017

COMO O PILATES AJUDA A DOR NA LOMBAR?



É muito comum sentir dor na lombar, principalmente quando se fica muito tempo sentado de maneira incorreta. Sendo assim, a dor lombar, também chamada de lombalgia, é muito conhecida pela maioria da população. E diferente do que muitas pessoas podem pensar, o incomodo pode ser muito mais grave e na maioria das vezes necessita de tratamento especial.

Mas você sabe o porquê sente essa dor e principalmente, como tratar? É sobre isso que vamos falar no texto de hoje.

Continue lendo para descobrir as principais causas da dor na lombar e como o Pilates pode te ajudar a combater e prevenir essa dor.

O que é a dor na lombar?

A dor na lombar podem estar ou não associadas à ciatalgia (irradiação da dor para região glútea, coxas, pernas e pés). A lombalgia pode se apresentar como pontadas, queimação, sensação de “travamento” ou mesmo incapacidade de manter a postura ereta. Estima-se que todas as pessoas, uma vez ou mais na vida irão apresentar sintomas de dor na lombar, que pode ser transitório ou crônico, de acordo com a causa. Comumente, as lombalgias causam incapacidade funcional, afastamento do trabalho e prejuízo nas tarefas da vida diária das pessoas.

Apesar das diferentes origens, a sua incidência é maior em:

  • Pessoas sedentárias,
  • Trabalhadores que exercem tarefas com grande sobrecarga física (muitas vezes em posturas incorretas
  • Pessoas que permanecem longos períodos sentadas ou na posição de pé,
  • Indivíduos com pouca mobilidade corporal (encurtamentos musculares) que acabam causando limitações na maioria dos movimentos diários e sobrecargas exageradas sobre a coluna.


Tipos de Lombalgia

As lombalgias podem ser classificadas em dois tipos: agudas e crônicas

Essas duas categorias são divididas quanto ao tempo da dor. As lombalgias agudas são aquelas que acontecem em decorrência de “mau-jeito” ou trauma e geram uma dor muito forte, que costuma ser causar o afastamento das atividades cotidianas.

Costumam aparecer após muito esforço físico ou por conta da má-postura e são consideradas de curto prazo, porque têm a duração máxima de duas semanas podendo se estender até 4 a 6 semanas.

As dores das lombalgias crônicas não são tão intensas e costumam aparecer em pessoas mais velhas. A dor varia de leve a moderada, mas acontecem de forma quase permanente e duram mais de 12 semanas.

A dor lombar crônica não costuma causar incapacidade funcional, mas muitas vezes podem levar a outros danos à saúde como, obesidade ou perda de peso, perda da qualidade do sono irritabilidade e até a depressão.

Quais as causas da dor na lombar?

A maioria das lombalgias se apresenta da forma aguda, onde apenas o repouso já é o suficiente para a melhora da dor. Geralmente as causas mecânicas são as causas mais comuns para este tipo de dor, um movimento feito de forma mais abrupta, um trauma ou o excesso de alguma atividade.

Mas a dor também pode estar associada à algum tipo de inflamação, excesso de peso ou outras causas não identificadas o que torna o diagnóstico da causa inespecífico.

A falta de condicionamento físico também pode causar dor na lombar, isso porque a musculatura enfraquecida não consegue manter a biomecânica do movimento corretamente. Quando a postura e a dinâmica do movimento se alteram, o corpo não consegue compensar, o que leva a dor.

Algumas dores lombares tornam-se crônicas e podem agudizar, com dores muito intensa. Nesse caso há necessidade de tratamento através de medicamentos e/ou outras terapias alternativas.

A dor lombar na terceira idade


Ao envelhecimento podemos atribuir a maioria das causas das dores lombares, este fato pode ser atribuído a degeneração das estruturas da coluna entre elas os discos vertebrais.

Com o envelhecimento, os discos intervertebrais vão se desgastando, desidratam e ficam mais rígidos e “quebradiços” e sua função de amortecimento da carga fica prejudicada.

A degeneração do disco intervertebral também pode causar extrusões discais que são chamadas de hérnias de disco que quando vão em direção aos nervos causam dor irradiada para as pernas e pés.

Quando não diagnosticada precocemente ou não tratada, essas degenerações progridem de maneira mais acelerada e a musculatura, cada vez mais exigida, quando não preparada para suportar esta carga, entra em um processo crônico de fadiga muscular.

Há risco mais elevado de causar uma espondilolistese (deslocamento anterior de uma vértebra ou da coluna vertebral em relação à vertebra inferior).

Outra patologia associada ao avanço da idade e à lombalgia é a osteofitose, mais comumente chamada de bico de papagaio, que consistem em pequenas expansões ósseas em forma de gancho que surgem ao redor do disco da coluna vertebral. A principal causa do aparecimento desta anomalia óssea é a permanência em posturas incorretas ao longo da vida, resultando em lesões nas articulações vertebrais.

A osteoporose advinda do avanço da idade também pode causar fraturas osteoporóticas, inclusive em região lombar. Estas fraturas causam dores na lombar muito intensas e altamente limitantes.

Podem ser causadas por excesso de peso, pequenos traumas ou mesmo acontecer de forma espontânea. Isto tudo causado pela baixa densidade óssea e insuficiência de condicionamento físico.

A maior parte das fraturas osteoporóticas ocorre em mulheres, mas homens também podem apresentar este tipo de fratura, sendo o maior fator causador em homens o tabagismo.

Existe ainda uma causa de dor na lombar chamada de lombalgia ocupacional e ocorre em profissões ou trabalhos onde o indivíduo passa muitas horas na mesma posição que pode ser sentado, em pé, carregando peso excessivo, exposto ao estresse vibracional ou sob condições onde a posição adotada é uma postura não ergonômica.

Há também as lombalgias correlacionadas a doenças como Parkinson, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, fibromialgias entre outras.

Benefícios do Pilates no Tratamento da Dor Lombar

Há quem pense que a opção pelo repouso total após uma crise de dor nas costas é a melhor opção, mas com os estudos fica claro que a imobilização está entre as piores decisões que se pode adotar na presença de dor crônica na coluna vertebral.

Os tratamentos para lombalgia vão variar de acordo com a causa. O tratamento inicial acontece de forma conservadora, através de repouso de até três dias e medicamentos para dor ou inflamação.

Em um segundo momento, após a fase aguda, inicia-se o trabalho de reforço muscular orientado para a diminuição da progressão da degeneração, correção da postura, diminuição do quadro álgico.

Alguns médicos indicam o Pilates como coadjuvante no tratamento das lombalgias, outros já buscam no Pilates a reabilitação, tratamento e prevenção da dor na lombar, pois sabem que o Método é capaz de atuar no fortalecimento da musculatura.

Além de sua técnica ser capaz de trazer uma maior consciência corporal ao paciente pois exige concentração precisão e fluidez durante a execução.

Há vários estudos que comprovam os benefícios do Pilates para as lombalgias. Entre os benefícios destacam-se:

  • Maior estabilidade da coluna
  • Controle do movimento
  • Melhora postura
  • Aumenta a vitalidade física e consequentemente, melhora a percepção de si mesmo.
  • Melhora o alongamento
  • Desenvolvimento da força muscular
  • Melhora postura utilizando-se de todos os grupos musculares – Uma postura adequada, promove um maior espaçamento entre as vértebras, melhora na flexibilidade, aumento de força e ganho de resistência além, claro, da diminuição ou término da dor.
  • Sabe-se que é fundamental o alongamento das cadeias musculares que estão encurtadas e o fortalecimento das musculaturas que estão enfraquecidas, principalmente as musculaturas abdominais e as musculaturas que compõem o Power House.


A dor na lombar são uma das principais causas que levam as pessoas a buscar o Pilates, e o método é mais do que indicado em todos os casos!

Lembre-se sempre de continuar ativando e fortalecendo o Power House, é fundamental pois é este centro de força quem dá a estabilidade necessária para a coluna lombar e vertebral. Quanto mais fortalecido está o core, mais fluidez de movimento, melhora postural e consequente diminuição da dor.

Fonte: Revista Pilates