A dor na coluna lombar inespecífica representa 90% dos casos de lombalgia e está associada às lesões musculoesqueléticas, aos desequilíbrios musculares da coluna lombar e à falta de estabilização dos músculos pélvicos. Estima-se que 80% a 90% das pessoas apresentam algum tipo de problema relacionado à coluna vertebral (Deyo e Phillips, 1996). Segundo Pereira (2001), a dor lombar é uma das 20 queixas mais frequentes no Brasil e é responsável por cerca de 15 a cada 100 consultas realizadas no nosso país. Com o estilo de vida atual, as doenças não transmissíveis tendem a aumentar, isto porque induz o ciclo vicioso de inatividade física e dor (Hanson, Gluckman e Nutbeam, 2011). A prevalência da dor lombar crônica inespecífica aumenta significativamente com a idade e os fatores de risco são a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo. Acometendo principalmente os homens acima de 40 anos e mulheres entre 50 e 60 anos.
Nos pacientes com relato de dor lombar ocorre um atraso na pré-ativação ou feedfoward do músculo transverso do abdome (TrA) — nas pessoas saudáveis esta contração ocorre aproximadamente 30 milissegundos antes de qualquer movimento (Hodges e Richardson, 1999), sendo necessária nos pacientes com lombalgia maior perturbação para iniciar sua ativação, resultando em um déficit de controle motor e estabilização muscular ineficiente da coluna vertebral (Hodges, 1999).
Por isso o método Pilates é comumente indicado para pessoas com dor lombar, onde o foco é a ativação de músculos estabilizadores do tronco (powerhouse), de modo a aumentar a estabilidade da coluna e reduzir a dor e a incapacidade.
Natour et al., (2015) avaliaram o efeito dos exercícios de Pilates em 60 pacientes com dor lombar crônica inespecífica, após 45, 90 e 180 dias e concluíram que o Método Pilates melhorou a dor e aumentou a qualidade de vida destes pacientes, além disso, o método não teve nenhum efeito prejudicial.
Fonte: Revista Pilates
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