quinta-feira, 18 de agosto de 2016

SAIBA A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO EM CIRURGIAS PLÁSTICAS ESTÉTICAS


Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o Brasil é o segundo país que mais faz cirurgias plásticas estéticas, perdendo apenas para os Estados Unidos. A cada três anos, são realizadas mais de 1.000.000 de cirurgias estéticas no nosso país. O culto ao corpo está cada vez mais latente, lotando os consultórios de cirurgiões plásticos.

Como qualquer cirurgia podem surgir complicações, na cirurgia plástica, por mais que não tenham enfermidades prévias e seja considerada uma cirurgia limpa, não é diferente. As complicações mais comuns são: edema, equimose, hematoma, seroma, fibroses e deiscência. Mediante a estas complicações, a Fisioterapia Dermatofuncional ganha espaço e cada vez mais é recomendada no pós operatório pelos cirurgiões plásticos. O fisioterapeuta detém de conhecimento em recursos manuais, obtendo melhor percepção nas alterações teciduais, intervindo com técnicas que melhoram a textura da pele, estimulando a eliminação de nódulos fibróticos no tecido subcutâneo, reduzindo do edema, atenuando as aderências teciduais, recuperando as áreas com hipoestesias e, consequentemente, favorecendo a recuperação e o retorno mais rápido do paciente nas suas atividades de vida diárias (AVD’s).

O Fisioterapeuta que atua no pós operatório em cirurgia plástica utiliza vários recursos fisioterapêuticos, como o TENS, o LED, a radiofrequência, ultrassom de 3MHz, o laser de baixa frequência, a mobilização tecidual, a fisioterapia respiratória e a cinesioterapia, objetivando prevenir e/ou minimizar os efeitos que ocorrem nos tecidos durante o processo de cicatrização.

A cinesioterapia é de suma importância num pós operatório, pois se tratando de um recurso fisioterapêutico que trabalha os movimentos de todo o corpo, trata o paciente de forma integral, podendo ser orientada para a realização dos exercícios em domicílio, efetivando a recuperação do paciente e sendo de fácil compreensão e realização para o individuo, prevenindo possíveis complicações e disfunções de segmentos corporais, assim como na prevenção de Trombose Venosa Profunda (TVP).


A fisioterapia respiratória entra como um grande aliado no pré e no pós operatório, pois em cirurgias de abdominoplastia se fará a plicatura da aponeurose, ocasionando um aumento da pressão intra-abdominal e consequentemente, haverão disfunções pulmonares no pós-operatório. A função pulmonar pode sofrer alterações fisiopatológicas no período pós-operatório imediato da cirurgia abdominal e envolve a redução dos volumes e capacidades pulmonares, podendo chegar cerca de 50% dos valores pré-operatórios, principalmente nas primeiras 24 e 48h do ato operatório. A fisioterapia respiratória realizada no período do pós-operatório promoverá a prevenção e o tratamento das complicações pulmonares instaladas, utilizando técnicas específicas como manobras e dispositivos respiratórios não invasivos, objetivando a melhora da mecânica respiratória e a reexpansão pulmonar. É importante a atuação do profissional fisioterapeuta nos primeiros dias, quando estas alterações são mais frequentes (MEYER, P. F. et al). No pré operatório, a fisioterapia respiratória é necessária para garantir uma reeducação da mecânica respiratória, garantindo uma resposta positiva no pós cirúrgico.

Em suma, o pós operatório não se resume apenas em sessões de drenagem linfática. É necessário ter conhecimento prático e científico para realizar um tratamento completo, observando o indivíduo como um todo, e não focar apenas na cirurgia realizada.

Fonte: Nova Fisio



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