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De toda tecnologia que existe na área da estética, a “velha” drenagem continua a ser um dos tratamentos mais realizados nas clínicas especializadas. Que atire a primeira pedra, quem nunca fez ou pensou em fazer. De famosas a anônimas, muitas pessoas recorrem a suas manobras para melhorar a circulação venosa, e consequentemente, a celulite. “A drenagem linfática manual (DLM) libera o liquido que se deposita entre as células e que não consegue se movimentar sozinho”, explica Orlando Sanches, diretor técnico da clínica PósOp- Sistema de Pós- Operatório Especializado (SP).
Para entender melhor esse processo, o sangue que sai das artérias nutre os tecidos corporais. Parte desse sangue retorna ao coração por meio do sistema venoso, porém, grandes moléculas, como as proteínas, não conseguem penetrar na parede do sistema venoso, deixando um excesso de líquido banhando as células (liquido intersticial). O sistema linfático tem a função de absorver esse liquido.
Ele percorre pequenos canais localizados logo abaixo da pele e, em determinados pontos, passa por gânglios para ser purificado e receber células do sistema imunológico. “Conforme os canais linfáticos vãos e aprofundando em nosso corpo, se tornam mais calibrosos e em um número cada vez menor, até que em determinada região, a linfa cai no sistema venoso, onde passa pelos pulmões e pelo coração, retornando ao sistema arterial e reiniciando o ciclo. Um desequilíbrio nesse processo desencadeia um quadro de edema” define Angela Lange, fisioterapeuta dermato-funcional (PR). “Como nesses casos há uma significativa dificuldade circulatória e uma grande tendência na retenção de liquido, a drenagem entra como recurso importante que, associado à dieta balanceada e exercícios, ajuda na diminuição das alterações estéticas”, afirma Marcia Colliri Camargo, fisioterapeuta e analista bioenergética (SP).
Regras sem exceção
A circulação linfática tem caminhos muito específicos. “Por isso, as manobras produzidas na drenagem devem seguir um mesmo sentido, sempre, salvo em alguns casos de pós-operatórios de cirurgia plástica. Os canais linfáticos são muito frágeis e as pressões mais fortes fazem que o vaso se feche e não conduza a linfa. Além disso, o fluxo do liquido é muito lento, por isso, quando realiza a drenagem, o profissional tenta ritmar seus movimentos na mesma velocidade que a linfa flui. Toda e qualquer manobra que não cumpra esses requisitos não atua na circulação linfática”, pondera Angela Lange. Isso quer dizer que a drenagem é uma técnica extremamente suave, lenta, que causa sono e leva ao relaxamento. “Ela jamais deve provocar dor ou hematomas”, alerta Marcela Rodrigues, fisioterapeuta dermato-funcional e estética aplicada da clínica Shory (ES). Sendo assim, uma boa drenagem linfática deve obrigatoriamente obedecer alguns princípios importantes quanto ao ritmo, sentido das manobras, da pressão e da harmonia dos movimentos, como enumera Angela Lange.
Pressão: Movimento que desencadeia uma ação forte sobre a pele pode prejudicar, em vez de melhorar. A manobra radical fecha o canal linfático impedindo a condução da linfa, podendo também causar a destruição do capilar linfático, pois ele é muito frágil.
Fluxo: O sistema linfático segue caminhos específicos e a drenagem deve obedecer a esse sentido. Por exemplo: as manobras sobre o abdome superior (acima do umbigo) devem se direcionar para a região axilar e as manobras sobre o abdome inferior (abaixo do umbigo) para a região inguinal.
Movimento: O fluxo da linfa dentro do canal é muito lento, e massagens vigorosas, como movimentos rápidos, vão contra a fisiologia do sistema orgânico.
Um por todos, todos por um
De acordo com Karla Assed, dermatologista (RJ), a drenagem pode ser realizada de três formas:
– Manual: é feita com as mãos estimulando os gânglios. Os movimentos são leves e ritmados, finalizados com massagem suave, que redireciona os líquidos do organismo. Atua na retenção e na celulite, melhorando a textura da pele.
– Mecânica: realizada com aparelhos de vacuoterapia e endermoterapia. Ela aumenta o bombeamento da circulação periférica, estimulando o metabolismo.
– Drenagem Eletroterápica: envolve os recursos da eletroestética como ultrassom, sonoeletroporação e sonoforese tridimensional, em que a placa ativa a penetração dos princípios ativos enquanto as ondas de calor profundo do ultrassom penetram aumentando o metabolismo e a permeabilidade cutânea.
Drenagem linfática facial
Não é só o corpo que pode se beneficiar com esse tipo de massagem. A drenagem linfática facial tem objetivos preventivos, estéticos e terapêuticos, pois estimula o sistema de defesa, a oxigenação dos tecidos, tonificando a pele e retardando o envelhecimento dos tecidos.
Fonte: Corpo a corpo edição 280
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