A estria é classificada como uma atrofia tegumentar adquirida, decorrente da redução do número e volume dos seus elementos (elastina, colágeno, glicosaminoglicanos e fibroblastos). Apresentam-se de aspeto linear, ligeiramente pregueado, com acentuada diminuição da elasticidade. Podem ter uma espessura até vários milímetros. Geralmente orientam-se perpendicularmente às linhas de Langer e paralelamente umas em relação às outras.
A estria trata-se de uma condição de rutura intradérmica parcial devida a rutura das fibras de elastina. As estrias sugerem a correlação de perda da capacidade de síntese de fibroblastos e alteração da estrutura do tecido conjuntivo. Surgem frequentemente em áreas do corpo que sofrem tensão constante como seios, glúteos e abdômen.
Numa fase inicial são áreas maculares lineares de coloração rosada, podendo estar associadas a sintomas como prurido ou mesmo dor, decorrente do processo inflamatório na derme. Tardiamente, com a evolução atrófica tornam esbranquiçadas e fibróticas.
Fatores etiológicos das estrias:
- Puberdade;
- Gravidez;
- Obesidade;
- Síndrome de Cushing;
- Administração prolongada de corticoesteróides;
- Mudanças rápidas de peso, mamoplastia de aumento;
- Suturas por tensão e ainda prática de musculação intensa.
Ocorrem em 40 a 70% das adolescentes e em 50 a 90% das grávidas. Embora a etiologia ainda não esteja bem esclarecida estão descritos quatro mecanismos etiológicos na patologia da estria:
- Fatores genéticos como redução dos genes codificadores das componentes da matriz extracelular (elastina, colágeno e fibronectina) bem como alteração do metabolismo dos fibroblastos. Estes fatores levam a um deficiente desenvolvimento do sistema tegumentar, com comprometimento da sua função e resistência.
- Fatores mecânicos ocasionados por um rápido estiramento da pele. Tanto na gravidez como numa fase de crescimento abrupto a elasticidade da pele não consegue acompanhar o aumento da extensibilidade, levando a rutura das fibras elásticas.
- Fatores hormonais associados a aumento da secreção de hormonas como os androgênios e o cortisol. A incidência é mais elevada em pessoas que se encontram em fases de picos hormonais, como a adolescência e a gravidez.
- Fatores tóxicos como febre reumática, febre tifóide ou outras infeções. Toma prolongada de corticoesteróides têm um efeito anti-proliferativo, inibindo a síntese de colágeno e potencializando a atrofia após inflamação.
Recursos terapêuticos nas estrias:
Os métodos de tratamento da estria baseiam-se em hidratar a pele e provocar inflamação local, a fim de estimular a proliferação celular e a síntese de elementos dérmicos.
- Laser – procedimento médico. Manifesta-se ineficaz em estrias brancas;
- Carboxiterapia
- Microdermoabrasão;
- Terapia de indução de colágeno (Dermaroller);
- Galvanopuntura;
- Escarificação;
- Cremes com princípios ativos hidratantes parecem ser bons na prevenção;
- Peelings químicos;
- Extrato puro de centelha asiática.
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