Na prática clínica do instrutor de Pilates, cuja formação de base é a Fisioterapia, não é pouco comum o quadro de desordens neuromusculares entre aqueles que buscam pela prática do método.
Embora popular em muitos países, o método criado por Joseph Pilates ainda se encontra engatinhando, no que se refere a estudos científicos fidedignos, os quais provam e documentam o que de fato pode ser conquistado com a prática regular dos ensinamentos de Joseph Pilates. No entanto, é fato a crescente busca pela prática com algum objetivo relacionado à reabilitação física.
Dentre os mais populares estudos científicos, destacam-se aqueles que avaliaram e quantificaram o efeito do Pilates em relação a parâmetros do desempenho motor, tais como: força muscular, da flexibilidade, do equilíbrio dinâmico e da postura. E, por fim, capacidade funcional em geral. Estes estudos oferecem subsídios científicos para o incentivo ao uso do método como forma de atividade física para o condicionamento físico e para reabilitação clínica de patologias do aparelho locomotor.
Diversas condições que afetam o aparelho motor influenciam diretamente o componente neuromuscular, gerando quadros complexos de dores localizadas e irradiadas para outras regiões. Quadros como os de hérnia discal lombar, por exemplo, provocam sintomas locais e irradiados ao longo de membros inferiores. Como consequência, encontra-se o envolvimento de nervos, músculos e fáscias nesse trajeto. Logo, estima-se que a completa reabilitação desse quadro, consiste no tratamento das estruturas envolvidas, diretas ou indiretamente.
Diante dessa situação, pode-se compreender a importância da escolha certa da técnica para a reabilitação plena. Com base em estudos, entende-se que o método Pilates consiste em uma filosofia baseada no uso da consciência corporal para a realização do movimento de forma harmoniosa, promovendo associação com a respiração, gerando movimentos fluídos, com menor gasto de energia e menor risco de lesões. Com base nos princípios do método, observou-se que é possível aliviar quadros álgicos da coluna vertebral, melhorar desequilíbrios musculares e, por fim, a postura.
No entanto, algumas patologias se desenvolvem com comprometimento miofascial, ocasionando dores locais, pontos de gatilho, irradiação pelo tecido conjuntivo, entre outras, que, de maneira geral, não são tratadas pelo alongamento muscular, mas, sim, pelo tratamento específico do tecido conjuntivo que envolve os músculos, tendões e ligamentos: a fáscia.
A fáscia compreende uma camada de tecido conjuntivo, frouxo ou denso, que envolve estruturas corporais. A fáscia superficial ou frouxa localiza-se na camada interna da pele, onde se encontram vasos e nervos. Já a fáscia profunda, é encontrada delimitando segmentos do corpo, como músculos ou a cavidade abdominal. Em termos patológicos tem suma importância a miofáscia, que designa a fáscia profunda que envolve os músculos.
As miofáscias são tecidos maleáveis e elásticos, com função de proteger, evitar atrito e promover o desempenho muscular. A ausência de dor e perfeita realização do movimento dependem da integridade do tecido conjuntivo envolvente.
As lesões às miofáscias são comuns e podem ocorrer pelos mais diversos fatores, tais como: movimentos repetitivos, má postura, desequilíbrios musculares, traumatismos, leões musculares por contratura ou estiramento, rupturas, reações emocionais e estresse. Nesse caso, o tecido conjuntivo perde as propriedades de expansibilidade, se retraindo, gerando o quadro identificado por dor miofascial, que pode ser local ou irradiada a partir do ponto de lesão.
É conhecida no meio clínico como síndrome miofascial, o conjunto de sintomas consequentes a lesão miofascial. Esse quadro requer tratamento específico, uma vez que o grupo muscular cuja fáscia encontra-se comprometida terá sua função comprometida, pois não haverá amplitude de movimento ou forção total para a realização da função.
O alongamento convencional, muscular, como o realizado na prática do método Pilates, não é suficiente para que haja o reparo da fáscia, já que por si só a lesão já limita a capacidade de se alongar do músculo, além de que, o alongamento não repara o tecido conjuntivo.
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